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Justiça cassa decisão que obrigava uso de câmeras em fardas de policiais militares em Goiás

Relatora reforçou a importância da separação dos poderes

Justiça cassa decisão que obrigava uso de câmeras em fardas de policiais militares em Goiás
Justiça cassa decisão que obrigava uso de câmeras em fardas de policiais militares em Goiás (Foto: Rovena Rosa - Agência Brasil)

A 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) cassou decisão de primeiro grau que obrigava o uso de câmeras corporais nas fardas dos policiais militares no Estado. O entendimento é da Juíza substituta em segundo grau, Sandra Regina Teixeira, nesta quinta-feira (26). Ela julgou improcedente a ação civil pública proposta pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) ao acolher recurso da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-GO).

Em setembro do ano passado, o juiz Gabriel Consigliero Lessa, de Anápolis, determinou ao Governo de Goiás elaborar, em 180 dias, um plano piloto para reduzir o número de mortes causadas pela polícia na cidade e, entre as medidas, incluiu o uso obrigatório de câmeras nas fardas de 89 policiais militares do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e nas viaturas desse segmento da corporação em uso pela cidade.

No recurso, o procurador-geral do Estado, Rafael Arruda, reforçou não haver omissão do Estado quanto à racionalização do uso da força letal pela PM, o que foi reconhecido pelo TJGO. Ele ainda citou dados positivos de Goiás na área da segurança pública, em contraposição às alegações do MP, como a queda nos índices de criminalidade.

Já a magistrada reforçou a importância da separação dos poderes. Acompanhando o voto da relatora, o juiz substituto em segundo grau Dioran Jacobina Rodrigues disse afirmou que “o Judiciário não pode dizer ao Estado o que fazer. Trata-se de política pública, de competência de quem foi eleito e detém legitimidade para gerir a população”.

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