DECISÃO LIMINAR

Justiça manda Estado instalar câmeras nas fardas de PMs de Anápolis

Decisão é da juíza Mônice de Souza Balian Zaccariotti e acatou demanda do Ministério Público de Goiás

MP recorre de decisão que suspendeu instalação de câmeras em fardas de PMs de Anápolis
MP recorre de decisão que suspendeu instalação de câmeras em fardas de PMs de Anápolis (Foto: divulgação - PMSC)

A Justiça determinou que o Estado de Goiás instale câmeras nas fardas e viaturas policiais em um projeto-piloto, em Anápolis. A decisão é da juíza Mônice de Souza Balian Zaccariotti e acatou demanda do Ministério Público de Goiás (MPGO).

A magistrada também deu, liminarmente, o prazo de 90 dias para o governo elaborar um plano para reduzir a letalidade policial. A execução, por sua vez, deve acontecer em seis meses.

Em relação aos equipamentos de gravação, eles deverão estar em todas as viaturas e fardamentos da 31ª Companhia Independente da Polícia Militar / Comando de Policiamento Especializado do município. Além disso, a cada seis meses o Estado dará publicidade sobre os resultados do projeto-piloto.

Contudo, caberá ao MPGO as despesas do projeto. Trata-se de uma sugestão dos próprios promotores, ainda na fase pré-processual.

A Procuradoria-Geral do Estado de Goiás ainda não foi intimada da decisão proferida na Ação Civil Pública nº 5518942-25.2022.8.09.0006, mas assim que comunicada apresentará o recurso cabível.

Julgamento antecipado

Conforme divulgado pelo Mais Goiás, o MP pediu à Justiça, na última semana, para antecipar o julgamento da ação civil pública proposta em agosto de 2022 para, dentre outras coisas, instalar câmeras nas fardas de policiais militares de Anápolis. A audiência contou com as promotoras Adriana Marques Thiago e Camila Fernandes Mendonça e com o promotor Denis Bimbati Marques.

À época, os procuradores do Estado Fernando Iunes Machado e Túlio Roberto Ribeiro não acordaram. Eles pediram a suspensão da ação por 30 dias. A ideia é “levar a questão aos atores políticos, bem como à Assembleia Legislativa e indagar sobre o andamento político da matéria”. A juíza, contudo, acatou a demanda do MP.