Justiça torna réu homem suspeito de matar esposa esteticista por causa de dinheiro
Ainda em fevereiro, Reginaldo confessou o assassinato da esteticista
A Justiça aceitou o pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), na última semana, e tornou Reginaldo Nunes de Moura, 43, réu pela morte da esposa, Juscélia de Jesus Silva. O Judiciário também decretou a prisão preventiva do acusado e a exumação do corpo da vítima.
Ainda em fevereiro, Reginaldo confessou o assassinato da esteticista. A admissão ocorreu após a prisão do homem em Goianira. A mulher ficou desaparecida por seis dias, até que o corpo dela foi encontrado às margens da G0-469, em Abadia de Goiás.
Conforme dados do Tribunal de Justiça de Goiás, Reginaldo segue preso. O Mais Goiás conversou com um dos advogados do réu, Darso Pereira Garcia, que preferiu não se manifestar neste momento.
Caso
Juscélia desapareceu em 14 de fevereiro. Seis dias depois, seu corpo foi encontrado na rodovia GO-469, na Região Metropolitana de Goiânia. A Polícia Técnico-Científica identificou a vítima por meio das impressões digitais. A mulher era natural de Riacho de Santana, Bahia, mas morava em Goiânia com o marido há 17 anos e deixou uma filha de 9 anos.
De acordo com a Polícia Civil, o homem passou a ser suspeito depois que faltou ao velório da mulher e sumiu, após pegar carro emprestado com uma conhecida para supostamente procurar por Juscélia. Depois de confessar, ele afirmou que uma discussão sobre o destino de R$ 8 mil, proveniente da venda de um carro, teria sido o que motivou uma discussão que acabou na morte da esposa dele. À polícia, Reginaldo afirmou que a esposa queria usar o dinheiro para quitar uma dívida no banco de R$ 13 mil, enquanto ele esperava guardar parte do valor e renegociar o débito.
No dia do crime, segundo o MP, ele teria levado a filha à escola e, quando retornou, encontrou a mulher tomando banho. A discussão sobre o dinheiro, que já vinha ocorrendo, recomeçou e, quando ela saiu do chuveiro, ele teria a agarrado e a asfixiado.
Para dar “fim” ao corpo, conforme o MP, ele pegou um carro emprestado com o cunhado, embalou o corpo em um saco plástico, o amarrou com cordas e o colocou no porta-malas. Então, foi à zona rural de Abadia, onde a deixou. Após isso, ele ainda enviaria mensagens de texto pelo celular da vítima para disfarçar o crime, segundo a promotoria.
O cadáver foi localizado em 19 de fevereiro. Ele, então, fugiu com o carro de uma uma amiga da vítima e se hospedou em um hotel às margens da GO-070, em Goianira, local onde foi preso. O réu é acusado de homicídio qualificado.