DENÚNCIA

Laboratórios acusam “manipulações” em Conselho de Saúde de Goiânia

O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs-GO)…

Christiane do Vale, presidente do Sindilabs | Foto: Reprodução

O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs-GO) informou, na última terça-feira (23), que se retirou da Comissão de Monitoramento e de Orçamento e Financiamento (Cofin) do Conselho Municipal de Saúde de Goiânia (CMS), do qual fazia parte. O motivo da saída, segundo o sindicato, seria a falta de transparência da comissão, além de “manobras e manipulações” da coordenação para a aprovação de um relatório com irregularidades.

O CMS, órgão colegiado de caráter permanente, é responsável, entre outras coisas, pela fiscalização da política municipal de saúde da capital. Ele realiza o monitoramento da aplicação de orçamento pela Cofin que, até então, tinha como um dos componentes a presidente do Sindlabs, Christiane Maria do Valle Santos.

Em um texto divulgado ontem, Christiane declara que o Sindilabs “sempre teve sua atuação voltada aos interesses dos goianienses, especialmente na elaboração, implantação e implementação da Política Municipal de Saúde” mas que decidiu deixar a Cofin em decorrência da falta de compromisso do colegiado “com o sofrido povo goianiense, que enfrenta as trágicas consequências do péssimo sistema”.

Aprovação de relatório suspeito

A presidente do sindicato cita, como exemplo de “descompromisso” e “falta de transparência”, a sugestão da Cofin de aprovação do Relatório Anual de Gestão do ano de 2019 (RAG) mesmo diante das “inúmeras irregularidades”, e apontamento de “não conformidades com as metas pactuadas”. Segundo o sindicato, a Cofin ” lançou mão de realizar um trabalho fidedigno ao estabelecido no Regimento Interno” do CMS aprovar o relatório.

“Assim, diante da falta de compromisso desta Comissão com o sofrido povo goianiense, que enfrenta as trágicas consequências do péssimo sistema de saúde municipal, venho, publicamente, denunciar as manobras e as manipulações pela coordenação e alguns componentes da Cofin ao sugerirem a aprovação do RAG, com às irregularidades apontadas, em detrimento da sociedade e do próprio SUS municipal“, diz o Sindlabs.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o CMS “é um conselho independente” e, portanto, não fala por ele. A reportagem do Mais Goiás entrou em contato com o CMS e uma das coordenadoras da Cofin, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço permanece aberto.