SUPOSTA DÍVIDA

Lázaro pode ter assassinado família do DF por encomenda de fazendeiro

Lázaro Barbosa, morto na semana passada após 20 dias de caçada policial, pode ter assassinado…

Delegado diz que vítima de Lázaro, em Ceilândia, foi estuprada e torturada
Família morta por Lázaro Barbosa em Ceilândia no dia 9 de junho (Foto: Divulgação)

Lázaro Barbosa, morto na semana passada após 20 dias de caçada policial, pode ter assassinado a família em Ceilândia (DF) por encomenda. A investigação da Polícia Civil sobre os crimes aponta que o homem não agiu sozinho e vê ligação entre uma suposta dívida da família com o fazendeiro Elmi Caetano, de 75 anos, preso na semana retrasada acusado de ajudar a esconder o criminoso.

A polícia encontrou uma mensagem de voz no aparelho celular de Elmi uma mensagem que poderia o incriminar. No áudio atribuído ao fazendeiro, o homem diz: “Ele [Lázaro] está dormindo lá naquele barraco onde a mãe dele morava”.

Além disso, em oitiva na delegacia, o fazendeiro teria dito que a família Vidal devia  dinheiro a ele. Neste sentido, a investigação apura se o fazendeiro teria mandado matar a família de Ceilândia. As informações foram ao ar em reportagem do Fantástico no domingo (4).

“Considerando que havia um laço anterior, que o Lázaro já era conhecido do proprietário e que na entrevista o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha realmente usado Lázaro para cobrar a dívida, e em não recebendo, matar aquelas pessoas”, explicou a delegada Rafaela Azzi.

O caseiro Alain Reis dos Santos apontou a ligação entre Elmi e Lázaro durante depoimento à polícia. Os advogados do fazendeiro, entretanto, negam que ele tenha contato com o criminoso.

Chacina

A captura e morte de Lázaro ocorreu após sequência de crimes, que se iniciam com a morte do empresário Cláudio Vidal, 48; dois filhos dele, Gustavo Marques, 21; e Carlos Eduardo Vidal, 15; e sequestro da esposa dele, Cleonice Marques, 43, no dia 9 de junho. A mulher foi encontrada morta em um córrego da região de Sol Nascente (DF), dois dias depois.

As buscas mobilizaram mais de 270 policiais das forças de segurança de Goiás, Distrito Federal e nacional, com uso de helicópteros e cães farejadores.