GRAÇAS À MEDICINA

Mãe e filho se recuperam de Covid-19 após gravidez conturbada em Goiânia

O pequeno Henrique mal nasceu e já tem história para contar. Ele e a mãe…

Gláucia dos Santos (Foto: Arquivo pessoal)
Gláucia dos Santos (Foto: Arquivo pessoal)

O pequeno Henrique mal nasceu e já tem história para contar. Ele e a mãe passaram por poucas e boas. Primeiro por ter nascido durante a pior emergência de saúde dos últimos 100 anos – a pandemia de covid-19. Só isso já seria motivo de comemoração. Mas além disso a mãe, a estudante de medicina Gláucia dos Santos Guimarães, de 32 anos, pegou a doença causada pelo coronavírus.

Grávida de 34 semanas, Gláucia passou a sentir febre, depois muita tosse e falta de ar. A suspeita era mesmo de Covid-19, mas o teste feito não indicou a presença do vírus. Como continuou a se sentir mal, precisou se submeter a uma tomografia. Por meio deste exame, a equipe médica constatou que ela tinha a infecção. Os pulmões estavam comprometidos em aproximadamente 70%.

Ela foi internada no dia 7 de julho, já em estado grave, no Hospital Jardim América, em Goiânia. Foi preciso interromper a gestação. Após a cesariana, Gláucia teve que ficar entubada na Unidade de Terapia Intensiva por três dias. Depois mais cinco dias internada, fora da UTI. “Graça a um milagre de Deus, fiquei pouco tempo entubada pois a média é de 10 a 15 dias”, alegra-se.

Cuidados

O bebê recebeu os cuidados médicos necessários, mas não precisou nem de encubadora. Nasceu saudável, precisou apenas de internação de dois para ganhar peso. E o melhor: não apresentou nenhum sintoma de covid-19. E hoje está em casa com a família.

De acordo com levantamento de estudo publicado no International Journal of Gynecology and Obstetrics, das 160 mortes de gestantes registradas entre o início da pandemia e 18 de junho 124 foram no Brasil. O que torna a história de Henrique e Glaucia ainda mais importante.

“Que essa história possa dar ânimo e forças e aumentar a fé de muitas pessoas, como aumentou a minha neste momento tão difícil que todos nós estamos passando. Foi muito emocionante segurar meu milagre nos braços”, diz Glaucia.