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Mapa mostra avanço de seca grave e extrema em Goiás em julho

Conforme o mapa da entidade, houve avanço de seca grave na porça central do estado e de extrema nas regiões Oeste e Sudoeste

Mapa mostra avanço de seca grave e extrema em Goiás, em julho

Goiás registrou aumento de pontos de seca grave a extrema no mês de julho deste ano. A conclusão é do Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Conforme o mapa da entidade, houve avanço de seca grave na porça central do estado e de extrema nas regiões Oeste e Sudoeste.

O Monitor de Secas leva em conta o clima local e a quantidade de chuvas registradas no período analisado. Se as precipitações forem menores do que o esperado, o fenômeno é apontado no acompanhamento. Conforme mostra a entidade, devido à piora nos indicadores, houve avanço da seca moderada no Nordeste e da seca grave na porção central de Goiás. “Os impactos permanecem de curto prazo no Leste e de curto e longo prazo nas demais áreas”.

Ao Mais Goiás, o geólogo Silas Gonçalves explica que, além da baixa incidência de chuvas, outros fatores estão ligados ao avanço da seca grave e extrema no estado. Um deles é a retirada de vegetação, situação que acaba impactando diretamente no ciclo natural da água. Ainda segundo ele, o manejo agressivo da agricultura em algumas regiões, que culmina em desmatamento e alteração de nascentes d’água, também influenciam no processo.

“Tudo isso contribui dentro de um percentual. São várias situações de desequilíbrio que, juntas, impactam num contexto global”, pontua Silas.

Monitor de Secas registrou pontos de seca grave e extrema no mês de julho, em Goiás (Foto: Monitor de Secas)

Além de pontos de seca grave, Goiás registrou aumento de incêndios florestais

De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, Goiás teve um aumento de 16% no número de incêndios florestais durante o primeiro semestre de 2021 em comparação ao ano passado.

Conforme registros da corporação, de janeiro à junho deste ano os militares atenderam 2.502 queimadas em vegetações e culturas agrícolas em toda a extensão do território goiano. O número é superior aos primeiros seis meses de 2020, em que a marca registrada foi de 2.156 incêndios.