Operação SOS Samu

Médicos, sócios de UTIs e funcionários do Samu são denunciados por improbidade administrativa

Médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, motoristas de ambulância, bombeiros e administradores de Unidades de Terapia…

Médicos, sócios de UTIs e funcionários do Samu são denunciados por improbidade administrativa
Médicos, sócios de UTIs e funcionários do Samu são denunciados por improbidade administrativa

Médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, motoristas de ambulância, bombeiros e administradores de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), nesta quinta-feira (5). Eles são investigados pela Operação SOS Samu, que apura pagamento de propina para favorecimento de médicos e prestadores de serviço dentro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia.

Ao todo, 31 pessoas foram denunciadas pelos crimes de improbidade administrativa e por corrupção ativa ou passiva, dependendo da participação no esquema.  O órgão solicitou ainda o bloqueio de cerca de R$ 11,5 milhões dos envolvidos. A promotora responsável pelo caso, Leila Maria de Oliveira, afirmou que eles foram denunciados em cinco ações, levando em conta a conexão probatória entre os casos.

Em cada uma das ações é solicitada ainda a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente e o ressarcimento integral do dano. O MP-GO pediu ainda a perda da função pública, a suspensão de direitos políticos, a proibição de contratar com o poder público e o pagamento de multa. O valor deve ser de até três vezes o valor do aumento patrimonial ou de até 100 vezes o valor da remuneração do agente.

O crime

De acordo com o MP-GO, os envolvidos agiram entre os anos de 2012 e 2016, quando foram descobertos pelas investigações. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apurou que médicos e sócios de UTIs pagavam propina para que os servidores do Samu encaminhassem irregularmente pacientes às UTIs a que eles eram vinculados. Os pacientes encaminhados possuíam planos de saúde e eram encaminhados à hospitais particulares.

As investigações mostraram que esse esquema muitas vezes levava pessoas à UTI sem necessidade. Em um dos casos, os servidores do Samu não aplicaram glicose em um paciente com hipoglicemia para que ele pudesse ser encaminhado.

Confira a lista de denunciados:

André Alves dos Santos

Bartolomeu Crispim Monteiro

Clécio Portes de Melo

Diego de Freitas Fernandes

Diogo Luís Costa Mieto

Edison da Conceição Filgueiras Júnior

Elton Messias de Sousa

Fernando Lopes de Oliveira

Ítalo Glênio Morais

Jean Vicente Rezende Silva

Joelson Machado da Silva

Júnior Marques dos Santos

Lorena Rodrigues Loureiro Barros

Luiz Sandro Alves de Souza

Manoel da Silva Melo e Rafael Vieira de Farias

Márcio de Sousa Linhares

Maurício Batista Leitão

Michelle Cristina Gonçalves de Faria

Osvaldo José de Oliveira Filho

Paulo César Silvestre Ribeiro

Pedro Paulo Tomaz Japiassu

Rafael Antunes Filh

Rafael Haddad

Relton Salmo Carneiro

Rodrigo Teixeira Cleto

Rogério Cassiano

Stênio Junio da Silva

Waler José de Campos Reis

Wassy Carlos Ferreira

Wellington José do Egito