MESMO BRINQUEDO

“Meu filho caiu do mesmo toboágua há 6 anos”, diz pai sobre tragédia em clube de Caldas Novas

A tragédia envolvendo o menino David Lucas de Miranda, de 8 anos, que morreu após…

Um empresário denuncia que, há 6 anos, o filho caiu do mesmo toboágua onde uma criança morreu em um clube de Caldas Novas. (Foto: arquivo pessoal)
Um empresário denuncia que, há 6 anos, o filho caiu do mesmo toboágua onde uma criança morreu em um clube de Caldas Novas. (Foto: arquivo pessoal)

A tragédia envolvendo o menino David Lucas de Miranda, de 8 anos, que morreu após cair de um toboágua em um  clube de Caldas Novas, não foi a primeira no local. O empresário Paulo Henrique Macedo conta ao Mais Goiás que, há seis anos, o filho com 7 anos na época caiu do mesmo brinquedo chamado Vulcão. Hoje com 13 anos, Ailton Gabriel Macedo ficou 10 dias intubado, com traumatismo craniano, fraturas de ossos do rosto e coágulo no cérebro.

Segundo o empresário, o acidente com o filho aconteceu em janeiro de 2016. De acordo com ele, a história foi similar à tragédia ocorrida no último domingo (13).

O homem conta que, juntamente com o padrasto, o filho subiu as escadas para descer pelo brinquedo. Ele explica que, no ‘Vulcão’, havia quatro toboáguas, sendo que um deles só podia ser usado por maiores de 12 anos, conforme indicado em uma placa. De acordo com Paulo Henrique, no local não havia nenhum funcionário para controlar o acesso ao equipamento.

“Meu companheiro acompanhava meu filho. O plano era que Ailton descesse pelo toboágua azul, mas em um movimento rápido, ele saiu correndo e desceu pelo toboágua branco”, disse.

Paulo Henrique afirma que, por não ter o peso ideal para o brinquedo, o filho parou no meio do trajeto e, ao tentar sair do toboágua, caiu de uma altura de cerca de 7 metros. De acordo com ele, o clube foi negligente após o acidente.

“Não havia nenhum médico e o salva-vidas era muito despreparado. Meu filho estava caído, inconsciente, e o funcionário o pegou pelo braço, sem ao menos se atentar nos riscos de uma possível lesão na coluna. Imediatamente, outros funcionários limparam o sangue para ninguém gravar”, contou.

Pai de menino que caiu de toboágua em clube de Caldas Novas diz que foi intimidado

À reportagem, o empresário afirmou que a direção não ofereceu suporte necessário. “Com muito custo, pagaram sete diárias para a mãe e a avó do meu filho, mas foi só isso. Nunca ligaram para saber como ele estava. Foi uma tragédia ocorrida no clube e eles não se mobilizaram”.

Conforme expõe Paulo Henrique, além de não prestar assistência, o clube ainda o intimidou. “Eles faziam pressão e falavam que eu era negligente e poderia ficar sem ver meu filho. Eles fazem você acreditar que é o ocupado. Acredito que a família do Davi esteja com esse mesmo sentimento agora”, comentou.

O empresário disse, ainda, que ficou indignado com a nota do clube em que aponta o acidente ocorrido no último domingo (13) como o maior em 50 anos. “Não foi a primeira vez. Meu filho teve traumatismo craniano e ficou 10 dias intubado. Os médicos nem acreditavam na recuperação do Ailton. Graças a Deus tivemos um desfecho diferente, mas foi uma grande tragédia”, afirmou.

O Grupo Di Roma disse que não vai comentar o caso ocorrido em 2016. A direção aguarda a conclusão das investigações para se manifestar.

Morte em clube de Caldas

David Lucas de Miranda caiu de um toboágua de cerca de 10 metros de altura, na tarde de domingo (13), no parque DiRoma Splash, em Caldas Novas. Com a queda, ele teria sofrido múltiplas fraturas, além de traumatismo craniano, seguido de afogamento.

O menino foi socorrido por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital Municipal André Alla Filho. Ele chegou a ser entubado e encaminhado para o Hugol (Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira), em Goiânia. No entanto, sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.

O brinquedo do qual ele caiu se chama Vulcão e estava fechado para manutenção.

O toboágua em que o garoto de 8 anos caiu e morreu não estava sinalizado para manutenção, como havia dito o Grupo DiRoma (responsável pelo brinquedo). A informação foi desmentida pela Polícia Técnico-Científica (PTC) de Caldas Novas, nesta terça-feira (15)

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