Investigação

Militar investigado por falso confronto é preso com drogas e armamento pesado em Guapó

Militar lotado no Batalhão Rural foi detido em Guapó; Polícia Civil apreendeu veículo descaracterizado com armas, drogas, dinheiro e balanças de precisão

Imagem das apreensões
Sargento é suspeito de disparar contra o portão de uma residência durante disputa judicial (Foto: reprodução)

Acusado de atirar contra o portão de uma casa durante uma disputa judicial, o sargento Charles Cândido Rosa, lotado no Batalhão Rural da Polícia Militar (PM) de Goiás, foi preso em uma operação conjunta da Polícia Civil e da Corregedoria da PM em uma propriedade rural de Guapó. No local, os agentes apreenderam armas, drogas, dinheiro e equipamentos usados no tráfico, encontrados dentro de um veículo descaracterizado utilizado pelo militar. O acusado já era investigado em um suposto falso confronto.

A apuração aponta que o militar se envolveu em um conflito relacionado à posse de uma casa no Jardim Balneário Meia Ponte, na capital. Durante a discussão, ele teria efetuado disparos de arma de fogo em direção ao portão da residência de uma das partes, em um ato interpretado pela polícia como tentativa de intimidação. O episódio motivou o pedido de prisão.

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No imóvel rural onde o sargento foi localizado, os policiais encontraram um Renault Duster descaracterizado que armazenava armas de fogo, porções de drogas, dinheiro e balanças de precisão. O material foi apreendido e encaminhado para a Polícia Civil, que agora apura a origem e a finalidade dos itens.

Segundo investigadores, a variedade e a quantidade do material apreendido indicam possível envolvimento do militar com atividades ligadas ao tráfico de drogas. A Corregedoria informou que acompanha o caso e abrirá procedimentos internos paralelos ao inquérito criminal.

Charles já era investigado em outra ocorrência, relacionada a um suposto falso confronto, o que reforçou a necessidade de atuação da Corregedoria na operação.

O sargento foi conduzido a Goiânia e colocado à disposição da Justiça. Ele deve passar por audiência de custódia enquanto as investigações seguem para esclarecer se atuava sozinho ou se fazia parte de uma estrutura mais ampla.

Em nota, a Polícia Militar de Goiás informou que acompanhou todas as ações realizadas durante a Operação Interceptio. A corporação afirmou que unidades operacionais e a Corregedoria prestaram apoio ao cumprimento dos mandados judiciais e que todas as medidas legais foram adotadas de imediato. A PMGO também reiterou que não compactua com desvios de conduta e que o caso segue sob análise da Corregedoria.

Leia na íntegra a nota enviada pela Polícia Militar de Goiás:

“A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) informa que acompanhou todas as ações relacionadas à Operação Interceptio, deflagrada na manhã desta quinta-feira (13/11/2025).

A Corregedoria da PMGO, juntamente com unidades operacionais da Corporação, prestou todo o apoio necessário ao cumprimento das determinações judiciais, adotando imediatamente as medidas legais cabíveis, em conformidade com a legislação vigente.

A PMGO reafirma seu compromisso com a legalidade, a transparência e a colaboração com os órgãos de controle e investigação. A Instituição destaca que não compactua com desvios de conduta e que o caso permanece sob acompanhamento da Corregedoria

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