APURAÇÃO

Ministério da Agricultura abre investigação sobre morte de cavalos em Goiânia

Nove dos 27 cavalos que apresentaram sintomas no Instituto Equestre Camilla Costa faleceram na semana passada

Ministério da Agricultura abre investigação sobre morte de cavalos em Goiânia (Foto: Agência Brasil)
Ministério da Agricultura abre investigação sobre morte de cavalos em Goiânia (Foto: Agência Brasil)

Técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estão em Goiânia colhendo evidências para investigar a morte de nove cavalos por suposta intoxicação alimentar, na semana passada. A principal suspeita é a de que os animais comeram feno contaminado com fungos. Os equinos pertencem ao Instituto Equestre Camilla Costa, que comprou o feno de um fornecedor. A Polícia Civil também está no caso, mas segundo Camilla, proprietária do instituto, ainda não a informaram a respeito de novidades no inquérito.

Camilla também relatou ao Mais Goiás, nesta segunda-feira (20), que os animais estão sendo medicados e observados por uma equipe de médicos veterinários até que o organismo deles se reestabeleça. Nove dos 27 que apresentaram sintomas faleceram. A dona do instituto diz também que trocou o fornecedor de quem compra o feno.  

A principal suspeita, levantada por funcionários do estabelecimento, é a de que o feno teria sido empacotado de forma errada pelo fornecedor antes de ser entregue ao instituto, o que teria feito com que fungos se proliferassem no interior do fardo.

Retrospectiva do caso

Foi no dia 15 de outubro que subiu para nove o número de cavalos mortos devido à suposta contaminação do feno utilizado para alimentação em Goiânia. A última vítima foi potrinha Galega, de apenas 5 meses.

No caso da Galega, a evolução de seu quadro de saúde havia sido considerada “muito boa” desde sua internação. Inclusive, o animal chegou a ser liberado para o piquete, com sinais de recuperação.

Feno contaminado

Desde que os cavalos apresentaram os primeiros sintomas de intoxicação, médicos veterinários, estudantes e integrantes do Instituto Equestre Camilla Costa, responsável pelos animais, monitoram a situação. Os cuidados se estendem desde a última sexta-feira, 10, quando os primeiros sintomas apareceram . “A batalha que estamos lutando não está fácil. Pedimos orações, seja qual for a sua crença”, publicou Camilla Costa, responsável pela instituição.

A estudante de veterinária Samy Castro, que fez estágio no instituto e tem ajudado de maneira voluntária nos últimos dias, usou seu perfil no Instagram para lamentar o ocorrido. Ela disse ter se apegado aos animais durante o tempo que passou na instituição e explicou que, apesar do porte físico, os cavalos são animais sensíveis.

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“O cavalo é muito sensível, por mais que seja grande e forte. Se ele estressa, pode dar cólica; se ele é submetido a muito esforço, pode desencadear cólica; se ele come algo errado, a mesma coisa. Lá, eles estão desconfiando do feno, mas não tem nada comprovado ainda. Nesses casos, o animal passa por uma dor intensa, que provoca desidratação, choque e pode levar à morte”, afirmou.