EM INVESTIGAÇÃO

Moradores pedem que porteira chamada de ‘macaca’ continue no emprego

Vinicius Silva, homem que chamou a porteira do prédio em que mora de ‘macaca’, no…

Morador não comparece à delegacia; vítima teme represália
Morador não comparece à delegacia; vítima teme represália (Foto: Reprodução/Vídeo/TV Anhanguera)

Vinicius Silva, homem que chamou a porteira do prédio em que mora de ‘macaca’, no Jardim Goiás, foi intimado na segunda-feira (19) para comparecer à delegacia. Entretanto, ele e a defesa não foram até o local até a tarde desta terça-feira (20) . A vítima do caso de injúria racial, que aconteceu no último domingo (18), teme represálias.

Ao Mais Goiás, Gil Fonseca Bathaus, delegado responsável pelo caso, disse que a intimação foi entregue a uma empregada da casa e que ele deveria ir até a delegacia para ser ouvido na terça-feira (20). Entretanto, o investigador disse que Vinicius não compareceu no local. “Se caso ele não comparecer, vou relatar o inquérito policial e encaminhá-lo ao Poder Judiciário”, disse Gil.

A vítima, que preferiu não ser identificada, disse que o síndico do local pediu para que ela não mudasse de posto e também que os moradores do condomínio criaram um abaixo-assinado para que e que continuasse a trabalhar no prédio. Em relação à proposta, ela explica que tem medo de sofrer uma represália da parte do suspeito, mas que avalia a possibilidade. A vítima espera ainda que a justiça seja feita. “Ele tem que responder pelos atos dele”, finaliza.

Relembre

Toda a confusão começou porque Vinicius não quis seguir as regras do prédio onde mora. Ao Mais Goiás, o delegado Eduardo Carrara contou que estava em seu apartamento, quando, por volta das 18h, recebeu uma ligação do zelador do prédio informando o ocorrido. Na recepção do condomínio, a porteira relatou que um morador parou em frente a uma das garagens e acionou a buzina diversas vezes para que o portão fosse aberto.

A profissional, porém, afirmou que não abriu o portão, pois as regras do condomínio determinam que, caso o morador esqueça o controle de abertura, é necessário se deslocar até a portaria para fazer a identificação. Por não atender ao pedido do homem, a mulher foi vítima de insultos e injúria racial. Em um vídeo ao qual a reportagem teve acesso é possível ver o momento em que o morador chama a porteira de ‘macaca’ e ‘chimpanzé’.

 

 

 

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