MENOS MORTES

Mortes por Covid-19 em Goiânia caem 85% em seis meses, diz prefeitura

A quantidade de óbitos por Covid-19 registradas em Goiânia ao longo de 30 dias caiu de 1.118 em março para 159 em setembro

Número de óbitos por Covid-19 em Goiânia cai 85% em seis meses, aponta SMS
A quantidade de óbitos por Covid-19 registradas em Goiânia ao longo de 30 dias caiu de 1.118 em março para 159 em setembro (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

O número de mortes causadas por Covid-19 em Goiânia caiu 85% desde março. É o que aponta o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), que revela que a capital registrou mais de 1,1 mil mortes no terceiro mês deste ano e menos de 160 em setembro. Para especialistas, a melhora está ligada diretamente à vacinação.

De acordo com dados da SMS, o pico de mortes provocadas pela Covid-19 neste ano em Goiânia ocorreu em março, quando a pasta contabilizou 1.118 óbitos ao longo do mês. Desde então, a quantidade de vítimas fatais caiu drasticamente, com apenas uma variação positiva em junho – quando houve aumento de 28% nas mortes em relação ao mês anterior.

Já setembro fechou com um registro de 159 óbitos, conforme apontou a SMS. Na comparação com março, houve uma queda de cerca de 85% no número de vítimas fatais. Hoje (6), Goiânia tem 217.896 infecções confirmadas e 6.665 óbitos por Covid-19. De ontem para hoje foram registradas nove novas mortes.

“Resultado da vacinação”, diz infectologista sobre queda no número de óbitos por Covid-19

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), o estado aplicou 7,6 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 até agora. Somente em Goiânia são mais de um milhão de vacinados até o momento. Para o médico infectologista Boaventura Braz, foi justamente o avanço da imunização que propiciou a queda de casos confirmados e óbitos.

Ao Mais Goiás, Boaventura diz que, “baseado nas evidências científicas da eficácia das vacinas, era completamente esperado que isso acontecesse”, se referindo à redução das mortes. “É claro que se contássemos com uma maior adesão aos protocolos sanitários, poderíamos ter uma evolução maior. Mas de qualquer forma, não tenho dúvidas que isso [melhora no cenário] é resultado da vacinação”.

O médico afirmou ainda que para quem “está na ponta, cuidando de pacientes”, como é o seu caso, o perfil dos internados e que vêm a óbito por Covid-19 é mais perceptível. “O volume de internação pela doença é bem maior para aqueles que acabaram não se vacinando”, concluiu.