Sem explicação

Morto ao telefone, empresário gravou som do disparo que tirou sua vida

Na noite de sábado (6), um crime ainda sem explicação chocou a vizinhança do Conjunto…

Na noite de sábado (6), um crime ainda sem explicação chocou a vizinhança do Conjunto Riviera em Goiânia. Por volta das 18h, o empresário Roberto César, mais conhecido como Betinho, recebeu mais de sete disparos de arma de fogo na porta de sua residência.

No momento do crime, ele utilizava o celular para gravar um áudio para uma amiga, o qual registrou o som do primeiro tiro. A vítima tinha 35 anos de idade. As informações são da Polícia Civil.

De acordo com o delegado Ernane Cazer, que atendeu a ocorrência, a vítima estava na calçada de sua casa falando ao telefone no momento do crime. “Ouvimos relatos de que um carro de cor branca ou preta se aproximou, o motorista efetuou mais de sete disparos e fugiu na sequência. Até o momento, não temos nenhuma linha investigativa. Ouvimos alguns boatos, que não serão divulgados para não comprometerem as buscas pelo criminoso”.

Áudio da última conversa de Betinho com uma amiga

Ainda segundo Cazer, a vítima não tinha ligação com o mundo do crime. “Não tinha passagem e, de acordo com os relatos que ouvimos, era um trabalhador sem conexão com a criminalidade”. Os projéteis recolhidos pela polícia estavam muito danificados e precisarão passar por perícia, a qual deve revelar o tipo e o calibre.

O velório ocorreu no cemitério Jardim das Palmeiras e, neste instante, familiares e amigos seguem para o enterro, que será realizado no Cemitério Santana.

Em choque

Amigos próximos de Betinho, que não quiseram se identificar, falaram sobre o crime com exclusividade ao MAIS GOIÁS. “Era uma pessoa maravilhosa, não tinha intrigas com ninguém. Estão todos chocados. Ninguém sabe o motivo. A família, principalmente, está muito abatida”, ressaltou.

Outro amigo revela que a vítima era organizadora de blocos de carnaval em Rubiataba e estava em Goiânia para atender clientes de sua empresa de camisetas, copos e brindes personalizados. “Era muito amigo dele, atuávamos juntos há mais de 10 anos no carnaval de Rubiataba. Ele estava aqui mexendo com camisetas para a festa. Essa época era a que ele mais vendia. Era uma pessoa honesta, nunca ouvi uma reclamação sobre ele. Não tinha rixas, não recebia ameaças, não tinha passagem pela polícia. Nada que o desabone; ele era muito querido”, sublinhou.