Manifestação

Motoristas de aplicativo fazem manifestação contra taxistas em Rodoviária de Goiânia

Dezenas de motoristas de aplicativo realizaram protesto contra taxistas, na manhã desta sexta-feira (14), na…

Dezenas de motoristas de aplicativo realizaram protesto contra taxistas, na manhã desta sexta-feira (14), na entrada do Terminal Rodoviário de Goiânia, no Setor Central. O ato ocorreu em resposta a uma agressão sofrida por um deles na tarde de quinta-feira (13), quando um condutor vinculado à Uber foi agredido por taxistas no mesmo local. Segundo a Polícia Civil (PC) os ânimos de ambos os lados ficaram exaltados e uma equipe da Polícia Militar (PM) teve de ser acionada para controlar a situação. Um taxista foi levado preso para a Central Geral de Flagrantes. Ainda não se sabe o motivo da prisão.

Na agressão que gerou a indignação da categoria, vários taxistas foram filmados enquanto retiraram um homem de dentro do próprio veículo e começaram a agredi-lo com socos e pontapés. (Veja o vídeo)

Segundo informações da Polícia Civil (PC), tudo começou quando Maik Saraiva de Jesus chegou na rodoviária para deixar um passageiro. Assim que entrou começou a ser oprimido por um grupo de taxistas, que abriram a porta do carro de Maik e jogaram vários de seus pertences pessoais no chão. O motorista desceu do veículo e logo começou a ser agredido pelos taxistas. A vítima não soube informar a identidade dos agressores.

Em nota enviada ao Mais Goiás, a administração do Terminal Rodoviário de Goiânia informou que não compactua com atitudes de violência e que a equipe de segurança atua para o restabelecimento da ordem. (Leia a nota completa no final da matéria)

Repúdio à agressão

O Mais Goiás falou com o motorista de aplicativo João Araújo Aguiar, que participou da manifestação no terminal rodoviário. Ele conta que trabalha como motorista há três anos e sempre tem problema com os taxistas. Conforme Aguiar, a manifestação foi realizada em apoio a Maik e em repúdio a atitude dos rivais.

“Eles [taxistas] sempre ficam intimidando os motoristas que vão atender chamadas na rodoviária. Ficam dizendo para a gente sair do local, começam a xingar a gente e os seguranças do shopping não fazem nada. No dia de ontem aconteceu com o nosso colega algo que a gente vive tentando evitar. Os taxistas não se conformaram com os motoristas de aplicativo, sempre tem essa rixa por parte deles. Ficam dizendo que estamos “pescando” passageiros, mas na realidade não é assim. Tem espaço pra todo mundo nesse mercado”, declara.

Para Araújo, o comportamento intimidador dos taxistas ocorre apenas na rodoviária e a administração não toma nenhuma atitude para amenizar a situação e resolver o problema.

“Falta o espaço para embarque e desembarque tanto na saída Norte, quanto na Sul. Como não tem lugar para pegar passageiro congestiona o trânsito no local. Os taxistas não entendem que nós podemos aceitar uma corrida pelo aplicativo antes de terminar a que está correndo. Quando o passageiro desce e outro embarca, em seguida, eles ficam achando que a corrida é por fora do aplicativo, mas não é”, reclama.

O Mais Goiás tentou contato com o Sindicato dos Taxistas (Sinditaxi), mas não obteve retorno. Até a publicação da matéria, este portal também não conseguiu retorno da PM.

Leia a nota do Terminal Rodoviário na íntegra:

“A administração do Terminal Rodoviário de Goiânia, esclarece que a atividade dos taxistas é de permissão pública, que é regulada e fiscalizada pela Secretaria Municipal de Trânsito e Postura. Informa ainda que não compactua com atitudes de violência e que a equipe de segurança da Rodoviária, em quaisquer situações que coloquem em risco o estabelecimento, ou integridade física de seus clientes e colaboradores, a mesma atua para o restabelecimento da ordem. Havendo necessidade, a Policia Militar é acionada.

Por não compactuar com essa briga de classes, o Terminal Rodoviário acionou, por meio de ofício, a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar.”

*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira