Homicídio duplamente qualificado

MP denuncia quatro por mortes de advogados dentro de escritório, em Goiânia

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra os quatro suspeitos de envolvimento nas…

MP denuncia quatro por mortes de advogados dentro de escritório, em Goiânia (Foto: Reprodução)
MP denuncia quatro por mortes de advogados dentro de escritório, em Goiânia (Foto: Reprodução)

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra os quatro suspeitos de envolvimento nas mortes dos advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro Carvalhães de Assis, ocorridas no último dia 28 de outubro, no Setor Aeroporto, em Goiânia. De acordo com o promotor de Justiça Geibson Rezende, Pedro Henrique Martins Soares, Hélica Ribeiro Gomes, Cosme Lompa Tavares e Nei Castelli estão entre os denunciados.

De acordo com o documento, Pedro Henrique foi denunciado, duas vezes, por homicídio duplamente qualificado e ainda pelo crime de roubo. Cosme, Nei e Hélica foram denunciados por homicídio duplamente qualificado, também por duas vezes.

Dinâmica do crime

Segundo a denúncia, os assassinatos foram encomendados por Nei Castelli porque às vítimas venceram uma disputa judicial de reintegração de posse proposta contra a família dele. Com a perda na Justiça, Nei ficou na incumbência de pagar R$ 4,6 milhões de honorários aos advogados.

Porém, o fazendeiro teria ficado inconformado com a condenação e, por interesse patrimoniais, decidiu matar Marcus e Frank como forma de retaliação. Por isso, ele teria contatado Cosme Lompa, para que este lhe ajudasse a contratar os executores.
Um deles é Pedro Henrique. Com ele, Cosme ajustou toda a dinâmica do crime e prestou auxílio antes das mortes – como a hospedagem dele em Goiânia – como todo apoio após os assassinatos. Hélica Ribeiro, namorada de Pedro, foi quem negociou o valor que seria pago ao namorado e a Jaberson Gomes – que morreu em confronto com policiais militares de Tocantins – pelas mortes das vítimas.

Execução

Segundo o MP-GO, Nei prometeu R$ 100 mil, caso a dupla saísse impune, e R$ 500 mil, caso os acusados fossem presos pelos homicídios. Com isso, Pedro Henrique e Jaberson agendaram uma reunião com Marcus Chaves utilizando um nome falso. Ao chegarem ao escritório, a dupla foi levada à sala de reunião e renderam o advogado. Sob mira de um revólver, ele foi obrigado a chamar Frank Alessandro até o local.

Para tentar despistar a causa da morte, os homens chegaram a perguntar às vítimas onde que estava dinheiro. Marcus chegou a dar R$ 2 mil para eles. Porém, Pedro Henrique atirou três vezes contra Marcus e uma vez contra Frank, que morreram na hora.

O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa dos envolvidos. O espaço permanece aberto para manifestação.