INVESTIGAÇÃO

MP fecha cerco contra cirurgias eletivas, que estão proibidas em Goiás

Presidente do sindicato dos anestesiologistas denunciou hospitais que estariam a descumprir medidas restritivas

O promotor Juliano Barros Araújo determinou, neste domingo, instauração de procedimento preparatório para averiguar a denúncia de que hospitais em Goiânia estão a desrespeitar a portaria da Secretaria Municipal de Saúde que suspendeu a realização de quaisquer cirurgias eletivas na Capital, exceto cirurgias oncológicas, cardíacas ou cirurgias subsequentes em ortopedia.

A suspensão vale desde o dia 19 de março e foi publicada em portaria assinada pela secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué. No mesmo documento, Mrué sobresta o agendamento de atendendimentos eletivos em consultas especializadas e serviços odontológicos eletivos realizados em centros de especialidades; suspende procedimentos ambulatoriais eletivos; o Serviço de Tratamento fora do Domicílio (TFD), entre outras medidas.

A denúncia foi apresentada ao promotor, conforme relatado por ele em portaria, pelo presidente da Sociedade de Anestesiologia de Goiás (Saego), Igor Peixoto Rabelo. “O dr. Igor Rabelo narrou que, apesar da recomendação, há diversos hospitais nos quais os diretores técnicos estão ordenando que sejam realizadas as cirurgias eletivas sem necessidade, gastando material que pode vir a ser necessário, caso o pico de contaminados pelo COVID-19 aumente”.

O promotor requisitou à Superintendência de Regulação e Políticas da Saúde a realização de fiscalização em todas as unidades hospitalares de Goiânia, a fim de verificar e identificar as cirurgias eletivas realizadas e agendadas a partir do dia 19 de março e que infringem o que foi determinado pela portaria da Secretaria Municipal de Saúde.