Gestão Municipal

“Muito difícil você ver um buraco hoje nas ruas de Goiânia”, afirma Iris Rezende

Em coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (27), o prefeito de Goiânia, Iris Rezende…

Em coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (27), o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), apresentou um balanço sobre a administração de 2018. Ele falou sobre ações na saúde, educação, mobilidade urbana e infraestrutura. Iris contou que asfaltará todos os bairros que ainda não estão pavimentados, atestou que o qualidade da massa asfáltica é boa e chegou a afirmar que atualmente é “muito difícil você ver um buraco hoje nas ruas de Goiânia”.

Além disso, o prefeito lembrou porque resolveu para concorrer à Prefeitura em 2016. Disse que “se via culpado” pela situação que Goiânia se apresentava na gestão de seu antecessor Paulo Garcia (MDB), de quem ele alega ter herdado um déficit de R$ 31 milhões.

“Em primeiro lugar eu tive culpa quando renunciei ao segundo ano do meu mandato para atender aos anseios do meu partido para ser candidato a governador. A partir daí mudou o destino da prefeitura. Enquanto meu antecessor, por quem sempre tive muito respeito, manteve a nossa equipe foi tudo bem. Ele manifestou a vontade de ser reeleito, eu chamei meu partido e disse que não seria justo não apoiá-lo já que ele havia segurado as pontas quando eu saí. Mas quando ele mudou toda a equipe, a Prefeitura começou a andar em parafuso. Todas as prestadoras de serviços paralisaram seu serviços devido a atraso dos pagamento nas licitações”, conta.

Iris aponta que pagou as dívidas que estavam acumuladas antes de seu mandato: em torno de R$ 300 milhões. Segundo o prefeito, os servidores municipais receberão o salário do mês de dezembro nesta sexta-feira (28). “Isso tudo é um controle que temos na nossa administração. O secretário de Finanças arrecada e eu fico responsável para coordenar como que se gasta”, afirma.

Obras

O prefeito ainda explicou que nenhuma obra é realizada em seu mandato se não tiver dinheiro em caixa para pagamento à vista ou para ser realizado mediante no término da obra. “Quando o poder público vai construir algo e não garante pagar à vista ou no ato da entrega da obra tudo custa 10 vezes mais. Nós só abrimos uma licitação ou autorizamos uma compra quando temos dinheiro para pagar à vista ou no ato da entrega. A prefeitura hoje está em condição de começar obras com seus próprios recursos”, destaca.

Até o término do mandato, devem ser construídas mais escolas, centros de educação infantis e reformas de postos de saúde . Ele alegou que houve uma modernização no sistema de atendimento nos postos de saúde, no qual caracterizou como “perfeito”. “Com muita dificuldades coordenamos o sistema de atendimento nos postos de saúde. O sistema de saúde está perfeito. Hoje não se vê mais queixas sobre o atendimento. Acabamos de contratar mais de 500 médicos e vamos abrir concursos pela dimensão do atendimento. Não podemos deixar as pessoas morrerem à míngua”, assevera.

BRT e transporte coletivo

Iris criticou o projeto do Bus Rapid Transit, popularmente conhecido como BRT e o caracterizou como “precipitado”. Ele afirmou que irá rever o projeto e que poderá haver alteração no trecho que passa pelo Centro de Goiânia. ” Estou lutando junto à Caixa para a conclusão de dois trechos da obra: entre o Recanto do Bosque até a Rodoviária e do Terminal Isidória até Aparecida.  Eu não posso deixar meter o cimento na Avenida Goiás e violentar a coluna vertebral da região do manto da Nossa Senhora.”

Sobre o transporte coletivo, o prefeito ressaltou que tem realizado mudanças no sistema com a abertura de editais para as empresas interessadas e ressaltou a aquisição de novos veículos, criação de novas linhas e o reajuste anual da tarifa.

“Três empresas entregaram 1,2 mil ônibus zero quilômetros. a população estava 100% orgulhosa. Ai quando reajustamos a passagem o estado entro o estado prometendo dar isenção de desconto de passagens e hoje é o pior sistema de transporte coletivo do Brasil. Eu vejo com muita reserva a intromissão do estado em determinadas questão que falham diretamente com o município”, destaca.

Ronaldo Caiado e Saneago 

O prefeito abordou que possui uma boa relação com o governador eleito, Ronaldo Caiado (DEM), e que estudam juntos solucionar os problemas existentes na cidade. O prefeito também destacou o município de Goiânia é que mantém a Saneago e que, por isso, deveria receber atenção maior em relação ao abastecimento.

“Em 1983, construímos o sistema do Meia Ponte e no mesmo governo a represa do João Leite para não deixar que a água da chuva não fosse embora e que abastecesse o Meia Ponte. Daqui uns anos essa água será insuficiente para abastecer a região metropolitana”, conta.

*João Paulo Alexandre é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo