Inquérito

Suspeita de fingir ter câncer para aplicar golpes em Morrinhos é indiciada pela polícia

Mulher disse à polícia que Hospital Araújo Jorge perdeu seu prontuário médico e encerrou tratamento

Suspeita de fingir ter câncer para aplicar golpes em Morrinhos é indiciada pela polícia (Foto: Reprodução - Redes Sociais)

Camilla Maria Barbosa dos Santos, de 27 anos, foi indiciada pela Polícia Civil de Morrinhos pelo crime de estelionato. De acordo com as investigações, a mulher fazia rifas e campanhas para arrecadar dinheiro para um tratamento de câncer de mama, mas, segundo a Polícia Civil, nenhum documento comprovou que ela tinha a doença.

Para arrecadar dinheiro, Camila dizia ser portadora de câncer de mama, com metástase no pulmão e intestino, e divulgava fotos em macas de hospital, segurando remédios e até vídeos, onde ela aparece raspando os cabelos.

De acordo com a Polícia Civil, diversas vítimas foram até a delegacia, relataram que ajudaram Camila financeiramente, para que ela conseguisse comprar remédios e realizar exames, mas que começaram a desconfiar da veracidade da sua doença.

No interrogatório, Camila Barbosa afirmou que teria a doença e que inclusive iniciou o tratamento no Hospital Araújo Jorge, onde fez sete sessões de quimioterapia, mas que o hospital havia perdido seu prontuário médico e encerrou seu tratamento.

Porém, o Hospital Araújo Jorge informou que a mulher não é e nunca foi paciente naquele hospital. Os responsáveis pela unidade relataram diversas situações em que Camilla foi até local, onde foi flagrada tirando fotos em uma maca no setor de quimioterapia e até chegaram a retirá-la da instituição.

Em uma operação de busca e apreensão feita na casa de Camilla, a polícia apreendeu diversos documentos e exames, mas em nenhum deles, constatava que que ela possua câncer. Ela também não conseguiu apresentar qualquer exame ou laudo médico que afirmasse o diagnóstico da doença.

A Polícia Civil concluiu a investigação nesta quinta-feira (5), pela Delegacia de Morrinhos. A jovem deve responder pelo crime de estelionato, em liberdade.

Por Ana Paula Belini, do Mais Goiás