SERÁ INVESTIGADO

Namorado de tatuadora que morreu após passar mal em Goiânia diz que Samu negou atendimento

O homem registrou boletim de ocorrência nesta semana. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil

O jovem Alic da Silva França, namorado de Lorrayne Murielle, tatuadora que morreu após passar mal em Goiânia, denuncia que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) negou o envio de uma ambulância para atender a mulher. A empresária morreu no último dia 11 de abril, vítima de insuficiência respiratória, trombose intracardíaca e pulmonar bilateral. O homem registrou boletim de ocorrência nesta semana. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.

No dia 9 de abril, Lorrayne teve um mal estar e desmaiou na loja em que trabalhava. Na ocasião, ela recebeu atendimento do Samu. Segundo relato da equipe médica a testemunhas, a jovem recuperou a consciência e ficou bem.

Dois dias depois, porém, ela passou mal novamente. Desta vez, na casa em que morava. Ao saber que a namorada havia desmaiado de novo, Alic foi até a residência dela e acionou o Samu para solicitar uma ambulância. De acordo com ele, Lorrayne apresentava dificuldade para respirar, além de episódios de desmaio.

“Mesmo após o meu relato sobre a situação dela, o médico informou que eu tinha que dar alguma coisa com açúcar porque o quadro dela era de insulina baixa. Caso não melhorasse, era para eu ligar novamente em cerca de 20 minutos. Informei que ela estava muito mal e ele disse que não mandaria ambulância, e que, se eu quisesse, era para colocá-la no carro e procurar uma emergência”, disse.

Diante da negativa de atendimento, Alic resolveu levar a namorada por conta própria ao Cais Amendoeiras. “A Lorrayne faleceu no caminho. Ela não teve 20 minutos como o médico pediu”, criticou. Ainda segundo o jovem, a tatuadora morreu após apresentar insuficiência respiratória, trombose intracardíaca e pulmonar bilateral. O suposta omissão de socorro por parte do Samu deverá ser investigada.

O Mais Goiás entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia em busca de um posicionamento e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.