feminicídio

“Não durmo mais”, diz mãe de jovem morta com 51 facadas pelo ex, em Caldas Novas

Thaís Thealdo foi assassinada por Cristian Vinch Batista no dia 3 de julho

Thaís Thealdo foi assassinada por Cristian Vinch Batista "Não durmo mais", diz mãe de jovem morta com 51 facadas pelo ex, em Caldas Novas
Foto: Redes Sociais

“Eu tenho pesadelos de noite. Eu não durmo mais. Ele sabia o quanto eu amava ela.” A frase é de Marlise Thealdo, mãe de Thaís Thealdo, jovem de 24 anos assassinada com 51 facadas pelo ex-companheiro em Caldas Novas, no sul de Goiás. Em entrevista à TV Anhanguera, ela desabafou sobre o impacto da tragédia na vida da família.

O crime aconteceu no dia 3 de julho, no apartamento onde o casal morava. Segundo a mãe, Thaís já estava separada do suspeito e foi até o local apenas para buscar seus pertences. “Era um relacionamento muito doentio e tóxico. Ele era uma pessoa fria. Eu sabia que estavam separados porque ela me contou”, afirmou Marlise.

O autor do crime é Cristian Vinch Batista, também de 24 anos. Segundo a Polícia Civil, ele não aceitava o fim do relacionamento de sete anos. Thaís teria ido ao apartamento acompanhada da filha do casal. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que os dois saem com a criança e depois retornam ao imóvel sem ela. Cerca de 10 minutos depois, Cristian é flagrado saindo sozinho da residência.

Após o assassinato, o suspeito procurou o pai, confessou o crime e afirmou que pretendia matar também um homem com quem Thaís supostamente estaria se relacionando, além de tirar a própria vida. O pai, então, o levou à delegacia para se entregar. Em depoimento, ele confessou o feminicídio.

O laudo preliminar do IML constatou que Thaís foi atingida por 51 golpes de faca, com cortes e perfurações em várias partes do corpo. Segundo os peritos, ela ainda tentou se defender. Após o crime, o autor tomou banho, tentou lavar a arma usada e deixou no local roupas sujas de sangue.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Cristian, que responderá por feminicídio — homicídio qualificado por violência doméstica e por menosprezo à condição de mulher. Se condenado, a pena pode chegar a 40 anos de reclusão em regime fechado.

A irmã da vítima também se manifestou nas redes sociais após o crime:
“Você foi luz na minha vida, irmã. Agora é estrela lá no céu. Que seu brilho me guie e sua memória me conforte. Te amo para sempre!”, escreveu.

O caso segue sendo investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Caldas Novas, e o processo está sob segredo de Justiça. A polícia apura possíveis antecedentes de violência e aprofunda as motivações do crime.