GOIÂNIA E APARECIDA

“Nem ao estádio vão”, diz delegado em ação que prendeu 6 integrantes de torcida organizada

Eles são acusados de invadir e efetuar disparos com arma de fogo dentro da casa de um torcedor do Goiás no início deste ano

“Nem ao estádio vão”, diz delegado em ação que prendeu 6 integrantes de torcida organizada
“Nem ao estádio vão”, diz delegado em ação que prendeu 6 integrantes de torcida organizada (Foto: Polícia Civil)

Seis integrantes de uma torcida organizada do Vila Nova foram presos durante uma operação da Polícia Civil nesta terça-feira (9), em Goiânia e Aparecida de Goiânia. O grupo, segundo o delegado que comandou a ação, nem ao estádio vai. Além disso, eles são acusados de invadir e efetuar disparos com arma de fogo dentro da casa de um torcedor do Goiás no início deste ano.

Agentes do Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot), da Deic, saíram às ruas nas primeiras horas desta terça-feira para cumprir oito mandados de prisão e oito de busca e apreensão. Dois suspeitos que não foram localizados nos endereços em que residiam são procurados.

As investigações mostraram que, em 24 de abril passado, os oito suspeitos que tiveram as prisões decretadas invadiram uma casa que acreditavam ser de um torcedor do Goiás, no Setor Morada do Sol, para agredi-lo. Após chegarem no local em três motos e em um carro modelo VW Gol vermelho, eles quebraram portas e armários e efetuaram disparos de revólver dentro da residência, onde estavam um casal e uma criança de apenas um ano.

Antes de fugir, o grupo roubou pertences dos moradores e agrediu o homem que acreditavam ser o pai do torcedor do time rival. Durante o cumprimento dos mandados nesta terça-feira, os agentes apreenderam uniformes de torcida, celulares e drogas.

“O que chama a atenção, mais uma vez, é que estes supostos torcedores nem estádio frequentam. Ontem mesmo, teve um jogo do Vila Nova em Goiânia, nós monitoramos os investigados e descobrimos que nem perto do Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA) eles passaram. Isso tudo só confirma o que já sabíamos, que se trata de um grupo criminoso, que usa a desculpa do futebol para praticar atos de violência, roubos e tráfico de drogas”, descreveu o delegado Samuel Moura, titular do Geprot, da Deic.

Indiciados responderão por pelo menos seis crimes

Os seis presos na operação de hoje e os dois suspeitos ainda não localizados foram indiciados por seis crimes, três deles considerados graves. O tráfico de drogas, segundo o delegado que comandou a operação, foi confirmado após a apreensão de entorpecentes fracionados na casa de alguns suspeitos.

Além desse delito, eles responderão, também, por roubo majorado pelo concurso de pessoas e emprego de arma de fogo, associação criminosa, dano qualificado, disparo de arma de fogo e lesão corporal. As identidades dos seis presos, e dos outros dois suspeitos que estão sendo procurados não foram reveladas.