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“Ninguém nos procurou para solucionar a paralisação”, afirma motorista

Mesmo diante do anúncio e confirmação da paralisação do transporte coletivo em Goiânia e região…

Mesmo com a paralisação do transporte coletivo na Grande Goiânia, não houve tentativa de solucionar as reivindicações dos motoristas (Foto: Jucimar de Sousa)

Mesmo diante do anúncio e confirmação da paralisação do transporte coletivo em Goiânia e região Metropolitana, não houve tentativa de solucionar as reivindicações dos motoristas. A afirmação foi feita pelo líder do movimento, o motorista Moacyr Mário Rodrigues em entrevista ao Mais Goiás. A interrupção dos serviços teve início na manhã deste sábado (19) e pode ter continuidade na próxima semana, inclusive no Natal, caso os pedidos não sejam atendidos.

Ao todo, quatro garagens – duas da HP Transportes Coletivos e duas da Rápido Araguaia – estão completamente paralisadas e não tiveram saída de nenhum ônibus na manhã deste sábado (19). Segundo Moacyr, a paralisação é pontual e ocorre à parte do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sindicoletivo).

De acordo com ele, cerca de 70% do transporte público da Grande Goiânia não está funcionando por conta da paralisação. Conforme explica o motorista, grandes eixos como as linhas 002, 003 e 004, que compreendem os setores Parque Atheneu, Centro, Eixo T-9, na capital, e Jardim Maranata, em Aparecida, foram atingidos.

Moacyr Mario, motorista do transporte coletivo e um dos líderes da paralisação. (Foto: Jucimar de Sousa)

“Chegamos a um ponto insustentável. Entendemos o lado das empresas, mas somos diretamente afetados. Pedimos que o Poder Público e as concessionárias se mobilizem e nos procurem para a resolução dos nossos problemas”, afirmou.

Os motoristas reivindicam o restante do pagamento de salários do mês de novembro; quitação do 13º salário e garantia de que recebimento em janeiro de 2021. “Não tem ônibus para rodar e o final de semana será todo assim. Caso não tenhamos retorno, vamos fazer nova paralisação até conseguirmos”.

Outro lado

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET) disse que continua na busca de solução para a crise instalada do transporte público da capital.

Confira íntegra:

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET) vem trabalhando desde o início da pandemia, buscando sensibilizar o poder público para a gravidade da crise que o sistema vem enfrentando. As empresas perderam toda credibilidade junto aos seus funcionários uma vez que ainda não encontrou solução até o momento. Adriano Oliveira, presidente do SET informa que este contato com os funcionários é feito regularmente, tanto que uma proposta foi apresentada, mas não aceita: o parcelamento para o restante do pagamento dos salários de novembro que estão atrasados e quitação do 13º salário que as empresas propuseram ao sindicato dos trabalhadores não fechou um acordo.

“Continuamos na busca por uma solução para a crise instalada que, neste momento, a saída vislumbrada poderia ser o cumprimento, pelos municípios, do Plano Emergencial formulado pelo Estado de Goiás, que, inclusive, foi homologado parcialmente no processo judicial promovido pelo Ministério Público visando assegurar a manutenção da prestação do serviço de transporte público”, explica Adriano Oliveira, presidente do SET.

O SET continua na busca por uma solução para a crise instalada que, neste momento, a saída vislumbrada poderia ser o cumprimento, pelos municípios, do Plano Emergencial formulado pelo Estado de Goiás, que, inclusive, foi homologado parcialmente no processo judicial promovido pelo Ministério Público visando assegurar a manutenção da prestação do serviço de transporte público.