Flagrante

“Nós mulheres não podemos viver com insegurança”, diz vítima de ato libidinoso em ônibus de Goiânia

Incidente aconteceu no trajeto entre a Praça da Bíblia e a Vila Morais; suspeito ainda não foi localizado

Foto: Leitor Mais Goiás
Suspeito quebrou a janela do ônbus após motorista alertar a polícia | Foto: Leitor Mais Goiás

“Nós mulheres não podemos viver com insegurança”, disse estudante de 18 anos após ser vítima de ato libidinoso em um ônibus de Goiânia nesta sexta-feira (28). O episódio ocorreu no trecho entre a Praça da Bíblia e a Vila Morais, no Setor Morais, enquanto a jovem seguia para a escola. O suspeito foi flagrado em vídeo enquanto expunha os órgãos sexuais diante dela, que alertou passageiros e motorista para acionarem a Polícia Militar. Acuado, o homem negou os fatos inicialmente, mas quebrou uma das janelas do transporte público com chutes e fugiu em direção ao Jardim Novo Mundo. O caso foi revelado com exclusividade pelo Mais Goiás (veja o vídeo abaixo).

De acordo com a estudante, tudo aconteceu de forma repentina. Ela relatou que entrou em um ônibus mais vazio que o habitual e percebeu movimentos estranhos que o suspeito fazia. “Eu fiquei em choque. A única coisa que consegui fazer foi pegar o celular e começar a gravar”, disse ao Mais Goiás.

Imagem feita pela vítima
Polícia tenta localizar o suspeito (Foto: cedida ao Mais Goiás)

Leia mais

Postura de enfrentamento

A jovem contou que pediu ajuda a uma passageira próxima e ao motorista. Inicialmente, lembra ela, o suspeito tentou negar e minimizar a situação, dizendo que estava a penas ajeitando a calça. As imagens obtidas pelo Mais Goiás, no entanto, são claras, embora tenham sido borradas para publicação. Enquanto aguardavam a chegada da Polícia Militar, passageiros e o motorista tentaram contê-lo, mantendo o veículo trancado por cerca de sete a dez minutos.

Segundo a estudante, o suspeito conseguiu escapar quebrando o vidro do ônibus com dois chutes. Ela destacou o impacto psicológico do episódio, afirmando que situações assim demonstram a vulnerabilidade das mulheres no transporte público e o quanto é necessário reforçar a segurança. “Eu só quero que ele seja preso, porque da mesma maneira que ele fez comigo, com tanta naturalidade, ele deve ter outras mulheres também, nós não estamos seguras”

A vítima disse ainda que, após o incidente, passou a contar com a companhia da mãe e do padrasto para ir à escola nos dias seguintes, já que ainda faltam semana para finalizar o ano letivo.

Leia também