APURAÇÃO

O que se sabe sobre o homem que invadiu o Flamboyant com um carro

A Polícia Civil segue empenhada em investigar o caso do homem que invadiu com um…

A Polícia Civil segue empenhada em investigar o caso do homem que invadiu com um carro o shopping Flamboyant, em Goiânia, na noite de segunda-feira (21). Em entrevista ao Mais Goiás, o delegado Rilmo Braga, responsável pela Central de Flagrantes, o autor tem 51 anos e trabalhou durante muitos anos como cozinheiro. A polícia não revelou o nome.

O homem foi preso em flagrante por crimes de direção perigosa, exposição de perigo à vida e dano qualificado ao patrimônio. Somadas, essas infrações podem resultar em até cinco anos de prisão. O delegado optou por não arbitrar fiança, e o homem será apresentado em audiência de custódia nesta terça-feira (22).

Trajeto de 210 metros dentro do shopping

De acordo com a investigação, o homem entrou com o carro por uma das portas de acesso próximas ao restaurante Piquiras, por volta das 20h30, e percorreu cerca de 210 metros no interior do shopping, entre corredores, quiosques e áreas de circulação. O trajeto durou entre cinco e dez minutos, segundo a perícia. A ação foi contida após o veículo colidir com uma pilastra.

Durante o percurso, o motorista teria jogado o carro contra um policial militar de folga que tentou detê-lo, e também avançou contra um quiosque onde duas pessoas trabalhavam. A Polícia Civil investiga se houve três tentativas de homicídio. Se confirmadas, a pena pode chegar a até 60 anos de prisão.

Possível surto psicótico

Embora tenha permanecido em silêncio durante o interrogatório oficial, o homem teria dito informalmente aos policiais que “teve vontade de ir ao shopping e foi”. A declaração, somada à ausência de uma motivação clara, levou a polícia a abrir um incidente de insanidade mental para avaliar se ele sofre de algum transtorno psicológico.

“Tudo indica que ele passava por um momento de dificuldade psicológica. Familiares relataram histórico de TDAH, bipolaridade e esquizofrenia”, afirmou o delegado.

Relação com política é descartada

Nas imagens registradas no momento da prisão, o homem aparece usando um broche com a estrela de um partido político. Apesar disso, a polícia descarta, até o momento, qualquer motivação ideológica para o crime. “É um acessório comum entre populares e não há qualquer indício de conotação política na ação”, esclareceu Rilmo Braga.

A investigação segue em andamento. Caso o suspeito seja considerado inimputável, poderá ser submetido a medidas de segurança, como a internação em unidade psiquiátrica. A Polícia Civil pretende concluir o inquérito em até 15 dias.