EM QUEDA

Ocupação de UTIs em Goiás é a menor desde o início da pandemia

O primeiro registro de ocupação de leitos de UTI da Covid-19 na rede estadual de Saúde foi no dia 20 de março do ano passado

Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave crescem no país
Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave crescem no país (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás

A taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 do Estado de Goiás chegou, nesta terça-feira (23), a 25%. O histórico da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) apontou que esse é o menor número desde o início a pandemia do novo coronavírus, em março de 2020.

O primeiro registro de ocupação de leitos de UTI da Covid-19 na rede estadual de Saúde foi no dia 20 de março do ano passado, quando o sistema apontou uma taxa de 38%. O pico ocorreu em abril do mesmo ano, quando a SES-GO chegou a registrar uma taxa de ocupação de 99% dos leitos de UTI para pacientes com coronavírus.

Em 2021, a SES-GO registrou uma taxa de 98% na ocupação dos leitos de UTI. O índice se manteve acima de 80% até o mês de agosto, quando começou a apresentar queda. No final da tarde desta terça-feira (23), o sistema da SES-GO registrava 25% dos leitos de UTI ocupados – o menor número já registrado em Goiás desde o início da pandemia.

A taxa significa que dos 358 leitos de UTI da rede estadual para pacientes com Covid-19, 269 estão disponíveis, 5 estão bloqueados e somente 84 estão ocupados.

Queda na ocupação de leitos de UTI em Goiás se deve à vacinação, diz infectologista

Segundo dados da SES-GO, o estado aplicou 9,4 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 até agora. Somente em Goiânia são quase dois milhões de doses aplicadas até o momento. Para o médico infectologista Boaventura Braz, foi justamente o avanço da imunização que propiciou a queda de casos confirmados e óbitos.

Ao Mais Goiás, Boaventura diz que, “baseado nas evidências científicas da eficácia das vacinas, era completamente esperado que isso acontecesse”, se referindo à redução das mortes. “É claro que se contássemos com uma maior adesão aos protocolos sanitários, poderíamos ter uma evolução maior. Mas de qualquer forma, não tenho dúvidas que isso [melhora no cenário] é resultado da vacinação”.