Organização criminosa

Oficial de cartório de Rio Verde fazia parte de quadrilha que falsificava documentos e vendia carros locados em São Paulo

Seis pessoas haviam sido presas até o final da manhã desta quarta-feira (29) em Goiás…

Oficial de cartório de Rio Verde fazia parte de quadrilha que falsificava documentos e vendia carros locados em São Paulo
Oficial de cartório de Rio Verde fazia parte de quadrilha que falsificava documentos e vendia carros locados em São Paulo

Seis pessoas haviam sido presas até o final da manhã desta quarta-feira (29) em Goiás suspeitas de pertencer a uma quadrilha que falsifica documentos e depois revendia veículos locados em São Paulo. Entre os investigados, que não tiveram os nomes divulgados, há uma oficial de cartório de Rio Verde que, segundo a polícia, era peça-chave da organização criminosa na adulteração dos documentos.

A Polícia Civil de Goiás passou a investigar a quadrilha depois que uma pessoa que comprou um carro em um feirão em Goiânia procurou o 8º Distrito Policial. Ela afirmava que descobriu que que o veículo, que teve os documentos adulterados, havia sido furtado de uma locadora em São Paulo. Em um trabalho conjunto com colegas paulistas, o delegado Kleber Toledo, titular do 8º DP, descobriu que a quadrilha, composta por 24 pessoas, agia em Goiás e no Distrito Federal.

“Eles são muito bem estruturados, tem primeiro o estelionatário que loca o carro com documentos falsos lá em São Paulo, depois as pessoas que levavam estes veículos para outros estados, o criminoso que ficava responsável pela falsificação dos documentos, e os outros que anunciavam e vendiam em sites e feirões”, destacou o titular do 8º DP de Goiânia.

Em Goiás, as prisões aconteceram em Uruaçu, Goiânia e Abadiânia. Mas outros 12 suspeitos de integrar a quadrilha estão sendo procurados em São Paulo, Osasco e Brasília. O responsável por locar os veículos, que usava documentos falsos em nome de um engenheiro, segundo a polícia, já está preso desde o final do ano passado na capital paulista.

A oficial de um cartório de Rio Verde, segundo Kléber Toledo, era quem autentificava os documentos falsificados pela quadrilha. A prisão temporária dela foi solicitada pelo delegado, mas acabou negada pela Justiça.

Os investigados, que teriam conseguido revender pelo menos 10 veículos locados em São Paulo, responderão por estelionato, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, e associação criminosa. Nenhum veículo foi apreendido com eles, mas a polícia já conseguiu, junto à justiça, o bloqueio de R$ 1 milhão em bens adquiridos pela quadrilha.