'LIMPEZA GERAL'

Operação cumpre mandados contra suspeitos de desviar recursos públicos em Jaraguá

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou, nesta quinta-feira (3), uma operação para cumprir 25…

Uma operação do Ministério Público cumpre 25 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de desviar recursos públicos em Jaraguá. (Foto: divulgação/MP)
Uma operação do Ministério Público cumpre 25 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de desviar recursos públicos em Jaraguá. (Foto: divulgação/MP)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou, nesta quinta-feira (3), uma operação para cumprir 25 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de desviar recursos públicos em Jaraguá. Os crimes teriam ocorrido entre os anos de 2017 e 2020 e gerado prejuízo de cerca de R$ 10 milhões. Prefeitura diz que delitos foram cometidos na gestão passada.

Denominada ‘Limpeza Geral’, a ação realizada por membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e da Polícia Militar (PM), cumprem os mandados nas cidades de Jaraguá, Anápolis, Goiânia, Luziânia, Senador Canedo e Valparaíso. A operação também ocorre em São Paulo e no Distrito Federal.

Segundo o órgão, o objetivo da operação é apurar a existência de uma organização criminosa que visava desviar recursos da administração pública de Jaraguá entre 2017 e 2020 ao fraudar contratos celebrados com empresas para execução de diversos serviços. O grupo seria formado por agentes públicos e particulares.

Como funcionava o esquema de desvio de recursos públicos em Jaraguá

Conforme expõe o MP, o município de Jaraguá pagou cerca de R$ 10 milhões, em valores não atualizados, em contratos celebrados com as pessoas jurídicas ligadas aos núcleos empresariais investigados. Parte dos contratos suspeitos gira em torno de serviços de limpeza urbana.

De acordo com as investigações, apesar de o município ter contratado e pago as empresas investigadas, serviços foram executados por trabalhadores contratados pelo próprio município, através de agentes públicos ligados ao esquema ilícito.

Além de desvios de dinheiro público, a inexecução correta dos contratos gerou inúmeras paralisações dos serviços, sobretudo de coleta de lixo das ruas.

Ainda segundo o órgão, muitos trabalhadores contratados pelos investigados não receberam seus salários e outras verbas trabalhistas em dia, ocasionando prejuízo ao município de Jaraguá devido às dezenas de ações trabalhistas ajuizadas e de acordos custeados pelo ente público.

Nota da Prefeitura

A Prefeitura de Jaraguá esclarece que a Operação Limpeza Geral, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com o Ministério Público do Estado de Goiás, na manhã desta quinta-feira (3/2), investiga suposto esquema de corrupção montado durante a gestão passada, entre os anos 2017 e 2020.

A atual gestão, tão logo assumiu a administração, contratou uma auditoria independente para fazer uma avaliação de todos os contratos firmados nos anos anteriores e entregou o resultado ao Ministério Público e aos órgãos policiais.

A Prefeitura de Jaraguá preza pela transparência e pelo respeito aos recursos públicos e confia totalmente no trabalho do Ministério Público e das forças de Segurança Pública.