Ciclo Fechado

Operação em Goiás cumpre prisões e bloqueia R$ 2 milhões de grupo suspeito de golpes contra produtores rurais

A ação ocorreu em Goiânia, Goianira, Rio Verde e Itumbiara

Imagem da operação
nvestigação aponta esquema de furtos, revenda fraudulenta e prejuízo milionário a produtores rurais (Divulgação PCGO)

Uma associação criminosa especializada em furtos de equipamentos de agricultura de precisão e que também atuava na revenda dos mesmos produtos às próprias vítimas foi alvo da operação Ciclo Fechado, realizada na segunda-feira (29) pela Polícia Civil de Goiás. A ação ocorreu em Goiânia, Goianira, Rio Verde e Itumbiara, com cumprimento de mandados de prisão temporária, buscas e apreensões, além do bloqueio de até R$ 2 milhões em bens dos investigados.

As investigações indicam que o grupo planejava o furto dos equipamentos e, em seguida, criava empresas de fachada para oferecer os produtos aos produtores rurais. O esquema tinha como alvo propriedades no interior do estado e começou a ser descoberto após registros de furtos em uma fazenda no município de Buriti Alegre, de onde foram levados equipamentos de agricultura de precisão, como monitores e antenas de GPS.

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Esquema de furtos e revenda de equipamentos agrícolas causa prejuízo milionário (Divulgação PCGO)

Segundo a Polícia Civil, após o crime, os suspeitos voltavam a entrar em contato com a própria vítima. Usando empresas de fachada e nomes falsos, ofereciam a venda de equipamentos para reposição, alegando serem novos ou de procedência legal. A investigação comprovou que os itens comercializados eram os mesmos furtados anteriormente pelo grupo.

Durante a entrega, os criminosos aproveitavam o acesso à propriedade para observar a rotina, a segurança e os pontos de entrada da fazenda. Dias depois, retornavam ao local e furtavam novamente os aparelhos recém-vendidos, causando prejuízo em dobro ao produtor rural.

Além desse ciclo, os investigados também são suspeitos de atrair vítimas para emboscadas, sob a falsa promessa de devolução de bens furtados mediante pagamento de “resgate”. Nesses casos, os crimes evoluíam para roubos com uso de arma de fogo.

A Polícia Civil estima que apenas a vítima monitorada neste inquérito tenha sofrido um prejuízo superior a R$ 1,9 milhão. Os investigados foram encaminhados às unidades policiais responsáveis, e o material apreendido será analisado para aprofundamento das investigações.

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