Operação Duplicidade

Operação investiga estelionato em negociações de terrenos em Luziânia

O Ministério Público de Goiás (MP-GO), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao…

MP apura negociações fraudulentos de lotes em Luziânia

O Ministério Público de Goiás (MP-GO), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5), a Operação Duplicidade, que visa apurar negociações, supostamente fraudulentas, de lotes e terrenos em Luziânia. O órgão investiga a existência de uma organização criminosa.

Sete mandados de busca e apreensão expedidos pela pela Vara Estadual dos Feitos Relativos a Organização Criminosa e Lavagem de Capitais foram emitidos. A Justiça também determinou o bloqueio de bens, imóveis e valores na ordem de R$ 12.398.896. As ordens judiciais estão sendo executadas em Luziânia, Orizona e Brasília (DF). Dinheiro vivo e até uma arma de fogo foram apreendidos.

O órgão investiga crimes de estelionato, falsidade documental e lavagem de dinheiro. Até o momento, mais de 550 lotes podem ter sido transferidos de maneira fraudulenta; 77 ocorrências de estelionato foram constatadas.

Proprietários e funcionários de imobiliárias

De acordo com o MP, as denúncias chegaram ao conhecimento do órgão nos últimos três anos. Os relatos apontavam para suspeitos de estelionato e outras falsificações em transferências de lotes e terrenos na cidade do Entorno do Distrito Federal.

Ainda segundo o MP, a suposta organização criminosa seria composta de proprietários, funcionários de imobiliárias e corretores de imóveis. Eles, segundo o MP, verificavam a existência de lotes vendidos desde a década de 1970, mas ainda não estavam transferidos ou ocupados pelos seus compradores.

De posse desses dados, os integrantes realizavam a transferência dos imóveis a preços acima do valor de valorização para corretores ou outras pessoas que não atuam na área de imobiliária. Logo depois, os lotes eram colocados à venda novamente, com preço de mercado. Assim, os primeiros compradores sempre saíam no prejuízo.

(Foto: divulgação/MP-GO)

(Foto: divulgação/MP-GO)