Operação investiga grupo suspeito de aplicar golpe em venda de pacotes de viagem
Segundo a polícia, o grupo atuava há mais de nove anos
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), com apoio da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, investiga, desde julho, criminosos que se passavam por proprietários de uma agência de viagens, negociavam passagens e, após o pagamento ser realizado, desapareciam com o dinheiro das vítimas. Durante a Operação Viagem de Papel, realizada nesta quarta-feira (26), foram cumpridos mandados de busca e apreensão, prisão temporária e bloqueio de bens dos suspeitos.
De acordo com a Polícia Civil, os investigados ofereciam pacotes para o Japão a preços abaixo do mercado, usando a justificativa de um sistema de milhas e descontos especiais. Para atrair as vítimas e, ao mesmo tempo, transmitir confiança e seriedade no negócio, os criminosos utilizavam indicações de conhecidos, inclusive do ramo esportivo, para gerar credibilidade à suposta agência de viagens.
Conforme apurado, uma das famílias vítimas do golpe sofreu um prejuízo de mais de R$ 90 mil. Esse valor é considerado inicial, pois outras vítimas já foram identificadas. O grupo criminoso atua há pelo menos nove anos e já fez vítimas nas cidades de Campo Grande e Dourados, no Mato Grosso do Sul, no estado do Rio de Janeiro e, mais recentemente, em Goiânia.
Os criminosos se passavam por proprietários de uma agência de viagens e, após as negociações, orientavam que os pagamentos fossem feitos via PIX para contas de terceiros. Quando se aproximavam as datas das viagens, eles inventavam desculpas, interrompiam o contato e sumiam com o dinheiro, que era rapidamente “pulverizado” em diferentes contas bancárias para dificultar o rastreamento.
Segundo o delegado Thiago César de Oliveira Silva, responsável pelo caso, o grupo criminoso é investigado pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Ele destacou que o principal alvo da operação, que já foi preso, utilizava sua fama nas redes sociais e sua proximidade com autoridades, artistas e empresários de Goiânia para passar credibilidade ao esquema. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e identificar vítimas do golpe.
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