Operação na Goinfra é desdobramento de investigação determinada pelo Governo de Goiás
O ex-presidente da pasta estadual, Lucas Vissotto, foi preso junto com outra 7 pessoas

A operação que apura fraudes na Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) foi um desdobramento de uma investigação determinada pelo Governo Caiado, segundo aponta nota emitida pela comunicação da atual gestão. Na ação denominada ‘Obra Simulada’, que foi deflagrada nesta terça-feira (28/1), o ex-presidente da pasta estadual, Lucas Vissotto, foi preso junto com outra 7 pessoas que não tiveram o nome divulgado. A Polícia investiga a contratação de uma empresa pelo valor de quase R$ 28 milhões para reforma e manutenção de prédios públicos.
As irregularidades chegaram ao conhecimento das autoridades policiais por meio de relatórios técnicos e inspeções realizadas pelos órgãos de controle e do compliance do Governo de Goiás, como a Controladoria-Geral do Estado (CGE) e a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra). O contrato envolvia a Goinfra e uma empresa sediada no Distrito Federal.
As apurações apontaram um prejuízo de mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos, com indícios de pagamentos antecipados indevidos, superfaturamento e demolições indevidas para justificar notas fiscais fraudulentas. A Operação Obra Simulada cumpriu 114 mandados judiciais, incluindo 15 de prisão temporária, 24 de busca e apreensão, além de bloqueios de bens e quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático.
Em nota oficial, o Governo de Goiás enfatizou que a operação só foi possível graças ao trabalho de órgãos de controle. “A gestão estadual mantém tolerância zero com desvios de conduta no uso do dinheiro público e continuará colaborando para que os fatos sejam rigorosamente apurados e os responsáveis, devidamente punidos”, destaca o comunicado. A gestão do governador Ronaldo Caiado reafirmou ainda que “não ‘passa pano’ para ninguém e não há possibilidade de segunda chance”, diz o texto.