Operação mira grupo suspeito de desviar computadores da Secretaria da Economia de Goiás
Grupo usava brechas no sistema para desviar computadores do Estado
Um esquema de desvio e receptação de mais de 100 computadores da Secretaria da Economia de Goiás foi desarticulado nesta terça-feira (2) durante a Operação Parasita, deflagrada pela Polícia Civil. O grupo era liderado por um ex-servidor terceirizado e atuava de forma estruturada. Ao todo, foram cumpridos 23 mandados judiciais, sendo 15 de busca e apreensão e oito de prisão, em Goiás, no Distrito Federal, Tocantins e Minas Gerais. A ação resultou na prisão em flagrante de um suspeito de receptação.
Segundo as investigações, o ex-servidor se aproveitava do conhecimento da rotina interna e das fragilidades no controle patrimonial para retirar os equipamentos sem levantar suspeitas. Ele montou uma rede com outros terceirizados, prestadores de serviço e receptadores, responsáveis pela revenda dos computadores e monitores a preços muito abaixo do valor de mercado.
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O prejuízo aos cofres do Estado ainda está sendo calculado, mas a polícia já trata o caso como um esquema estruturado, com divisão de funções bem definida entre quem desviava, quem intermediava e quem colocava os produtos novamente no mercado.

Parte desse material ia parar em uma loja de informática em Goiânia, onde o proprietário é apontado como um dos principais receptadores. Outros empresários também teriam comprado os equipamentos furtados, segundo os investigadores, alimentando o ciclo de revenda dos bens públicos.
O desvio só foi descoberto em abril deste ano, quando a próprio órgão percebeu inconsistências no controle de equipamentos. Após auditoria interna, os envolvidos foram imediatamente desligados, e o caso foi comunicado à Polícia Civil, que deu início às investigações.

Com apoio das polícias civis do Distrito Federal, Tocantins e Minas Gerais, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão. Um dos receptadores, em Goiânia, acabou preso em flagrante durante a operação.
Agora, os suspeitos devem responder por crimes como furto qualificado, receptação e associação criminosa. As investigações seguem para identificar se há mais envolvidos e para tentar recuperar parte dos equipamentos desviados.
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