Nova tentativa

Pai de santo suspeito de abuso sexual contra menores deve ser ouvido na próxima semana

O pai de santo Francisco de Assis Maximiliano, de 43 anos, suspeito de abuso sexual…

O pai de santo Francisco, suspeito de abuso sexual contra ao menos cinco menores, deverá ser ouvido pela PC na próxima semana. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O pai de santo Francisco, suspeito de abuso sexual contra ao menos cinco menores, deverá ser ouvido pela PC na próxima semana. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O pai de santo Francisco de Assis Maximiliano, de 43 anos, suspeito de abuso sexual contra ao menos cinco menores em Santo Antônio do Descoberto, deverá ser ouvido pela Polícia Civil (PC) na próxima semana. O dia para o novo interrogatório ainda não foi definido, mas deve ocorrer a partir de terça-feira (21), segundo a delegada responsável pelo caso, Silzane Bicalho. Primeiro interrogatório, na última quarta-feira (15), foi marcado pelo silêncio do homem. Corporação trabalha para identificar mais vítimas.

Francisco é suspeito de abusar de ao menos cinco crianças, com idades entre 12 e 13 anos, desde 2012. A delegada Silzane Bicalho destaca que as adolescentes tinham medo de fazer denúncia porque teriam sido ameaçadas de morte. A investigadora afirma que o pai de santo tinha um terreiro e alegava estar recebendo uma entidade, momento em que abusava sexualmente das vítimas.

Durante o primeiro interrogatório realizado no dia em que foi preso, na última quarta-feira (15), o pai de santo ficou em silêncio e não respondeu aos questionamentos da delegada. Agora, Silzane tentará interrogá-lo novamente. “O dia ainda não foi definido, mas a previsão é que ocorra a partir da próxima terça-feira (21). Também estamos ouvindo cerca de 50 testemunhas sobre o caso”, disse.

Crimes

As investigações apontam que os crimes ocorreram em 2012, quando as vítimas ainda eram crianças. Um áudio de uma testemunha ao qual a Polícia Civil (PC) teve acesso aponta detalhes de como o pai de santo teria agido com supostas vítimas. Segundo a gravação, o homem dopava as vítimas para estuprá-las e também as ameaçava para que não relatassem os casos.

A testemunha cita que Francisco aproveitava do contexto espiritual para cometer os crimes. “Ele ameaçava as meninas com arma. Dizia que se não tivesse relação sexual com ele, mataria a mãe e o pai das adolescentes. Ele também dopava as vítimas para cometer os abusos”, disse. O homem também afirmava que recebia uma entidade que induzia as crianças a beber e fumar e depois cometer os abusos, de acordo com o relato.

De acordo com a delegada, após o homem ser indiciado por estupro de vulnerável, outras mulheres procuraram a delegacia e acusaram o pai de santo de crimes sexuais. A PC trabalha para identificar novas vítimas.