Pai e filho são presos suspeitos pela morte de comerciante na Feira da Marreta
Crime ocorrido em maio passado teria sido motivado após discussão por ponto de venda no Cepal da Vila Abajá
O comerciante Roberto Carlos Silva Santos, de 47 anos, e o filho dele Roberto Mika Haknenn dos Santos, de 19 anos, foram presos preventivamente por suspeita de terem participado do assassinato do camelô Murilo Martins Oliveira, de 56 anos. O crime, ocorrido no último dia 26 de maio em uma feira da marreta que acontece aos domingos na Vila Abajá, em Goiânia, teria sido motivado após uma discussão por um ponto de venda.
Câmeras de segurança mostraram o momento em que, quando saía do Cepal da Vila Abajá empurrando um carrinho, Murilo Martins recebeu vários tiros à queima roupa, disparados por um homem que chegou e fugiu na garupa de uma motocicleta, pilotada por um comparsa. No dia do crime, a equipe da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) descobriu que horas antes do assassinato, a vítima havia discutido com Roberto Carlos e Roberto Mika, que também tinham uma banca no Cepal, e que estariam ocupando um espaço indevido.
Após identificar pai e filho como sendo as pessoas que teriam discutido com o camelô, os agentes da DIH descobriram que, desde a data do crime, ambos haviam se mudado para Rio Verde, cidade onde acabaram localizados e presos esta semana. “Nossa grande surpresa foi descobrir que o dono do estabelecimento onde eles estavam trabalhando em Rio Verde, Osmar Souza Figueiredo, que é um amigo antigo da família, era quem estava com eles em Goiânia no dia do crime, e assumiu ter sido o autor dos disparos que vitimaram o Murilo”, destacou o delegado Rhaniel Almeida, adjunto da DIH.
Apesar de Osmar afirmar que resolveu praticar o crime sozinho, o delegado disse já ter provas de que o assassinato foi tramado por pai e filho que estão presos, tanto que, segundo Rhaniel, Roberto Mika era quem pilotava a motocicleta com que chegou e fugiu o autor dos disparos. Por não ter contra si um mandado de prisão expedido, Osmar foi solto logo após prestar depoimento em Rio Verde, e responderá, em liberdade, ao processo por homicídio qualificado.
A pistola usada no crime já havia sido apreendida com Osmar em outra ocorrência em Rio Verde, e foi trazida para Goiânia, onde será periciada. Roberto e Carlos e o filho Roberto Mika também responderão por homicídio qualificado, mas, diferente de Omar, irão aguardar presos pelo julgamento.