Operação Carango

PC apreende, em Itapuranga, 100 mil peças automotivas falsificadas oriundas da China

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) realizou nesta quarta-feira (27),…

Segundo PC, operação deflagrada em Itapuranga é a maior do Brasil contra peças automotivas falsificadas (Foto: divulgação/PC)
Segundo PC, operação deflagrada em Itapuranga é a maior do Brasil contra peças automotivas falsificadas (Foto: divulgação/PC)

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) realizou nesta quarta-feira (27), na cidade de Itapuranga, a maior operação de combate à falsificação de peças automotivas do Brasil. A iniciativa foi batizada de Carango. No galpão de uma empresa que fabrica câmaras de ar, os agentes apreenderam 100 mil peças contrabandeadas da China, mas que já haviam sido colocadas em embalagens de marcas famosas.

Os agentes da Decon chegaram até a empresa após receberem uma denúncia de da Associação Brasileira de Combate à Falsificação. Com um mandado de busca e apreensão decretado pela Justiça, os policiais entraram no galpão e encontraram itens como velas, lâmpadas e pastilhas de freio.

(Foto: divulgação/PC)

“São peças que foram compradas na China, mas que aqui eram colocadas em embalagens de marcas famosas, e revendidas como se fossem originais. Agora você imagina o risco que é, por exemplo, para o dono de um carro ou moto que coloca em seu veículo uma pastilha de freio que não tem nenhuma garantia, e que ninguém sabe sequer como foi fabricada”, relatou o delegado Frederico Maciel, adjunto da Decon, e responsável pela investigação. 

Proprietário da empresa onde foram localizadas as pecas, Marques Aurélio de Queiroz, de 38 anos, não foi encontrado no local, mas, segundo o delegado, já está indiciado por crimes contra a relação de consumo e contra marcas, delitos que, juntos, tem pena de reclusão de até seis anos. 

(Foto: Divulgação/PC)

Segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação, o setor de autopeças hoje é o segundo que mais perde com a pirataria no Brasil, ficando atrás apenas do de cigarros. A perda em arrecadação tributária para a união com esse tipo de pirataria, ainda de acordo com a associação, chega perto de R$ 8 bilhões anuais.