OPERAÇÃO

PC apura venda irregular de terrenos públicos no Daia, em Anápolis

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil (PC) na manhã desta sexta-feira (23) está apurando a…

PC apura venda irregular de terrenos públicos no Daia, em Anápolis
(Foto: Google Street View)

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil (PC) na manhã desta sexta-feira (23) está apurando a venda irregular de terrenos públicos no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). A ação é um desdobramento de investigações ocorridas sobre a venda ilegal de áreas através da Companhia e Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego).

A operação, intitulada de Aurantiaco, foi desencadeada pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor). Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão judicial: seis residências e duas pessoas jurídicas, além da Codego. Quatro funcionários públicos e quatro empresários estão sendo investigados. Eles são suspeitos de alienação de bem público, associação criminosa, supressão de documento público e falsidade ideológica.

O Mais Goiás apurou que Marcos Cabral, ex-presidente da Codego e atual assessor especial da governadoria, foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão.

De acordo com a PC, o processo administrativo de compra dos terrenos teve início em maio de 2017, ano em que foi definida a reserva da área. A empresa que adquiriu as áreas informou que um centro de distribuição e logística seria edificado no local e que mudaria o tipo de atividade econômica dos imóveis de “industrial” para “comercial”, fato que ensejou a possibilidade de construção de um shopping.

A polícia analisa ainda indícios de que haveria um esquema montado por “empresa laranja” para efetuação do negócio jurídico contratual. Nas buscas desta sexta-feira (23), foram apreendidos documentos, computadores e eletrônicos.

Mais informações sobre a operação serão repassadas pela PC durante uma coletiva na tarde desta sexta.

A Codego divulgou uma nota sobre a operação. Leia na íntegra:

[olho author=””] A Codego se coloca totalmente à disposição da Polícia Civil, que cumpriu mandado de busca e apreensão nas dependências da estatal nesta sexta-feira (23) em busca de informações de gestões anteriores.

A atual direção da Codego preza pela transparência e continuamente vem fortalecendo os seus departamentos de controle interno e compliance. Aliado a esse trabalho, a companhia investe na contratação de uma auditoria independente que executará uma ampla revisão dos procedimentos e contratos anteriores.

A Codego se coloca à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos necessários em relação aos fatos investigados. [/olho]