JUSTIÇA

Polícia conclui inquérito sobre morte de produtor rural em Israelândia; veja o que se sabe

Segundo o delegado, o autor do disparo agiu com intenção de matar

Imagem da vítima
Alexandre Casagrande morreu após ficar 14 dias na UTI após ser baleado no pescoço (Foto: reprodução)

O inquérito que apura a morte do produtor rural Alexandre Matias Casagrande foi concluído com a realização da reconstituição do crime na zona rural de Israelândia, no interior de Goiás, na última terça-feira (24). Segundo o delegado responsável pelo caso, Ramon Queiroz, o autor do disparo, um homem de 38 anos, agiu com intenção de matar. “Ele chegou a gritar lá no dia e disse que ia matar ele. As testemunhas confirmam isso. Ele deu o tiro, andou alguns metros e disse: ‘eu vou terminar de matar esse cara’”, afirmou o policial em entrevista ao Mais Goiás.

Segundo o boletim de ocorrência registrado no dia do crime, o pai do suspeito relatou à Polícia Militar que o filho foi até a residência, pegou o rifle e saiu logo em seguida. Queiroz explicou que a motivação foi um antigo desentendimento entre a vítima e o suspeito, relacionado a uma sociedade comercial que os dois mantinham. “Eles tiveram esse entendimento devido a uma sociedade comercial que eles tiveram. Isso há um ano. De lá para cá, esse desentendimento aumentou”, relatou. Ainda segundo o delegado, no dia do crime, Alexandre teria acusado o suspeito de roubo e o xingado, o que gerou nova discussão.

Ao ser preso, o suspeito disse ao delegado que estava muito transtornado com os xingamentos e com tudo o que vinha acontecendo, e que por isso atirou contra a vítima. Ele chegou a ser liberado após ser ouvido, mas, com a emissão do mandado de prisão preventiva, foi detido novamente, enquanto transitava pela GO-060.

Após a finalização dos depoimentos das testemunhas, a reconstituição do homicídio foi realizada sem a presença do acusado. Segundo Queiroz, “já estava marcada antes mesmo da prisão dele. Foi feito só com base nas testemunhas e na prova pessoal”. Como o inquérito já estava pronto, ele foi alterado para homicídio consumado. A nova documentação foi juntada aos autos e encaminhada ao Ministério Público de Goiás, que deverá decidir se apresenta denúncia formal ou solicita novas diligências. O suspeito permanece preso preventivamente.

De atentado a morte consumada

O caso teve início no dia 7 de junho, quando Alexandre foi atingido no pescoço por um disparo de espingarda Flobert calibre 22, enquanto estava em uma chácara da região. Segundo testemunhas, ele e o suspeito se encontraram por acaso no local e discutiram. Gustavo deixou a propriedade, buscou a arma e retornou, efetuando o disparo à distância.

A filha da vítima, Giovanna Casagrande, afirmou que os dois já haviam tido outras brigas ligadas a desentendimentos profissionais: “Neste sábado, após essa discussão, ele saiu, buscou a arma e atirou no meu pai”, disse ela. Alexandre morreu após ficar 14 dias internado em estado grave na UTI do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugol). Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu no sábado, 21 de junho. A confirmação da morte foi feita pela filha, em suas redes sociais.

O nome do suspeito não foi mencionado e sua defesa não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.