Cavalcante

PC considera hipótese de que irmãos brincavam com arma quando uma delas foi atingida acidentalmente

A principal linha de investigação acerca da apuração da morte da criança de 11 anos,…

Principal hipótese é de que a vítima e o irmão brincavam com a arma no momento em que o mais novo foi acertado (Foto: Reprodução)
Principal hipótese é de que a vítima e o irmão brincavam com a arma no momento em que o mais novo foi acertado (Foto: Reprodução)

A principal linha de investigação acerca da apuração da morte da criança de 11 anos, que morreu após ser atingida por um tiro, é de que a vítima e o irmão brincavam com a arma no momento em que o mais novo foi acertado. Hipótese, segundo o delegado George Aguiar Muniz, é de disparo acidental. Arma não foi apreendida. O caso ocorreu em uma fazenda da zona rural de Cavalcante, na noite de segunda-feira (20), e segue sob investigação.

Até o momento, nenhuma testemunha foi ouvida oficialmente. O adolescente, de 14 anos, que supostamente efetuou o disparo ainda não prestou depoimento e os pais dos garotos também não relataram o ocorrido à Polícia. Isso porque, de acordo com o investigador, a delegacia fica a cerca de 140 km da fazenda onde o caso ocorreu.

“É uma região remota e, por isso, estamos encontrando essa dificuldade de falar com as testemunhas. Para que não demos viagem perdida, estou levantando o endereço de todos os possíveis envolvidos, vizinhos que ajudaram no socorro para elucidar o ocorrido”, ressaltou. A previsão é de que as oitivas tenham início ainda nesta semana.

Segundo George, a principal suspeita é de disparo acidental. “A gente trabalha com essa hipótese de acidente. Eles estavam na fazenda do pai, um empresário no ramo de cerâmica. Provavelmente viram a arma e começaram a brincar quando houve o disparo. No entanto, não podemos descartar nenhuma linha de investigação”, disse.

Arma

Questionado sobre a situação da arma, o delegado informou que ainda não há informações, já que ela não foi apreendida no dia do ocorrido, o que conforme explica ele, dificultou as apurações. “Não sabemos afirmar com certeza de quem é ou se possuía autorização. Acreditamos que seja do pai dos meninos e que ela não era legalizada, mas isso ainda precisa ser confirmado”.

O delegado espera elucidar a questão da arma com as oitivas. “Serão nesses depoimentos que iremos confirmar ou não toda a situação do proprietário e da própria arma”, citou.

Caso as investigações confirmem o disparo acidental, o adolescente pode responder por ato análogo ao homicídio culposo, quando não há intenção. O pai dos meninos, caso seja de fato o dono da arma, pode ser autuado por omissão de cautela e posse ou porte ilegal de arma de fogo.