Em liberdade

PC suspeito de matar torcedor esmeraldino é solto em audiência de custódia

O policial civil (PC) Gabriel Tortura Chaves foi solto após audiência de custódia realizada nesta…

PC suspeito de matar torcedor esmeraldino é solto em audiência de custódia
PC suspeito de matar torcedor esmeraldino é solto em audiência de custódia

O policial civil (PC) Gabriel Tortura Chaves foi solto após audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (1º), no Fórum Criminal, em Goiânia. Ele foi preso suspeito de atirar e matar o torcedor esmeraldino Helênio Rodrigues Cardoso Filho, de 30 anos, após partida entre Goiás e Flamengo, na noite da última quinta-feira (30).

A decisão foi dada pelo juiz Lourival Machado da Costa, da 2ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri. De acordo com a sentença, a concessão de liberdade foi solicitada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e pela defesa do agente.

O juiz entendeu que Gabriel é “réu primário e que pode aplicar diversas medidas cautelares diversas da prisão ao indicado para lhe possibilitar aguardar o processo em liberdade.” Em outro ponto do texto, o juiz explica que “que não há indícios de que em liberdade causará embaraços instituição penal, ou promoverá perturbação a origem pública ou econômica.”

Diversos colegas da corporação estiveram no Fórum para dar apoio ao colega. A Polícia Civil (PC) se manifestou por meio de nota, “esclarece que o Auto de Prisão em Flagrante Delito lavrado contra o Agente de Polícia Gabriel Tortura Chaves foi homologado pelo Poder Judiciário, pois atendeu aos requisitos legais. E que ao policial foi concedida liberdade provisória para responder ao processo em liberdade, nos exatos termos da sugestão feita pela autoridade policial que presidiu o APF, não havendo relaxamento da prisão.”

Relembre o caso da morte do torcedor esmeraldino

De acordo com a Polícia Militar (PM), testemunhas relataram à corporação que a vítima estaria junto com outros torcedores do Goiás. Eles, então, teriam cercado outros três torcedores do Flamengo. O grupo teria exigido que os simpatizantes do time rubro negro retirassem as camisas que vestiam.

Ainda de acordo com a corporação, Gabriel teria sacado a arma e se apresentado como policial. Mesmo assim, ainda segundo as testemunhas, o grupo esmeraldino partiu para cima do trio. No momento em que arrancavam as camisas do grupo de amigos, o policial efetuou dois disparos e um deles atingiu o abdômen de Helênio.

O homem foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas morreu na sala de cirurgia. O corpo é velado nesta terça-feira (1º) no Cemitério Jardim das Palmeiras. A previsão é de que o enterro aconteça às 19 horas, no mesmo local. Gabriel foi preso e encaminhado para a Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH). A arma do agente foi apreendida.

Ao portal G1, um tio da vítima destacou que Helênio era esmeraldino desde criança e que também era sócio do Clube. O familiar afirmou que o jovem não fazia parte da torcida organizada e não tinha perfil violento para participar de brigas após partidas.

O parente da vítima ainda contou que, na noite do crime, Helênio tinha ido ao jogo, que terminou empatado em 2 a 2, com o pai e o irmão. Contudo, os três se desencontraram em uma confusão na saída do estádio. Nesse momento, a vítima foi atingida pelo disparo.

Por meio da rede social oficial do clube, o Goiás lamentou a morte do torcedor. O Clube afirmou que “tal ato de violência foi um duro golpe, e abalou a toda família esmeraldina, que está de luto.” A nota é finalizada é que todo do clube aguarda “atentos os desdobramentos do caso junto à Justiça.”

*Com informações do G1