Pesquisa aponta que mensalidade de escolas particulares em Goiás pode subir 9,8%, o dobro da inflação
Levantamento ouviu 21 escolas particulares de Goiás e 308 instituições privadas em todo o país
Em Goiás, as mensalidades de escolas particulares pode subir entre 9,5% e 9,8% para o ano de 2026, segundo pesquisa realizada pelo Grupo Rabbit. O percentual projetado é mais do que o dobro da inflação prevista para 2025, que é de 4,81%. Levantamento ouviu 21 escolas particulares de Goiás e 308 instituições privadas em todo o país. O aumento ocorre em um momento em que a lucratividade das instituições permanece baixa, com média de apenas 14%. De acordo com a legislação brasileira, os reajustes só podem acontecer uma vez ao ano e o percentual do aumento precisa ser informado às famílias em até 45 dias antes da data limite das matrículas.
O reajuste das mensalidades é calculado com base em três fatores principais: inflação, aumento salarial dos professores e investimentos realizados pela escola. De acordo com a pesquisa, no período de 2025/2026, 70,5% das instituições planejam investir em atividades complementares, como programas bilíngues e projetos socioemocionais, enquanto 52% pretendem aplicar recursos em infraestrutura.
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Conforme o levantamento, a inadimplência continua a ser um desafio. Entre janeiro e abril de 2025, os atrasos foram superiores a 30 dias e variaram entre 4,8% e 5,4%. A expectativa é de fechamento do ano ligeiramente abaixo de 5%. Esse fator ainda impacta diretamente a lucratividade das escolas, exigindo planejamento financeiro cuidadoso.
De acordo com os dados da pesquisa, o cenário em Goiás mostra que, mesmo em tempos de dificuldades econômicas, é possível manter a base de alunos e garantir rematrículas elevadas mantendo um diálogo com as famílias e investimentos estratégicos na qualidade do ensino.
O impacto é mais sentido pelas escolas de Educação Infantil, que durante a pandemia concederam descontos médios de 25% e ainda não conseguiram recuperar totalmente sua margem financeira. Ainda assim, o setor apresenta sinais positivos: em abril de 2025, as rematrículas atingiram 83%, com baixa evasão, principalmente nas instituições de menor custo. Especialistas afirmam que a combinação de melhor gestão e estratégias de negociação mais flexíveis com as famílias contribuiu para esse desempenho.
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