INVESTIGAÇÃO

PF indicia Anderson Torres por criação e posse ilegal de aves silvestres, falsidade ideológica e mais

Segundo a corporação, os animais foram encontrados na residência em fevereiro, quando houve uma operação relacionada aos atos golpistas de 8 de janeiro

PF indicia Anderson Torres por criação e posse ilegal de aves silvestres, falsidade ideológica e mais
PF indicia Anderson Torres por criação e posse ilegal de aves silvestres, falsidade ideológica e mais (Foto: Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-ministro de Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, por criação e posse ilegal de aves silvestres na casa dele, em Brasília; maus-tratos; falsificação de selos; e falsidade ideológica. Segundo a corporação, os animais foram encontrados na residência em fevereiro, quando houve uma operação relacionada aos atos golpistas de 8 de janeiro.

Destaca-se, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) apreenderam 55 pássaros na casa de Torres, em abril deste ano. À época, as autoridades verificaram irregularidades no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros.

O ex-ministro teve autuação de R$ 52,5 mil, porque deu informações falsas no sistema de controle e mais R$ 2 mil por mutilar pássaro da espécie bicudo. Em relação ao crime de falsidade ideológica, este seria por causa de transferência de reservatórios de pássaros de órgãos ambientais para o nome da mãe dele – ela também foi indiciada por isso.

As informações foram publicadas pelo Metrópoles. Segundo a defesa, o indiciamento ocorreu sem Torres ou a mãe serem ouvidos. Disse, ainda, que o ex-ministro recebeu “com surpresa a notícia do indiciamento por maus-tratos pela Polícia Federal, no inquérito das aves”.

“Anderson Torres sempre foi criador, reconhecido pelo zelo, amor e apuro técnico no manejo dos pássaros sob seus cuidados. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) só decidirá na próxima semana se a competência para processar e julgar o caso será da Justiça Federal ou da estadual”, justificou.

Vale lembrar, Torres ficou preso nas instalações do Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar, situado no Guará, região de Brasília, por 117 dias. Ele foi detido quando era secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, em razão de suspeitas relacionadas à sua suposta omissão em relação aos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro.