Feminicídio

Polícia apresenta homem que confessou matar e esconder corpo da namorada em Goiânia

A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) apresentou nesta quinta-feira (11), o autor e…

A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) apresentou nesta quinta-feira (11), o autor e a elucidação do assassinato de Ana Luiza de Souza (foto) , no Jardim Europa, em Goiânia. O responsável confesso pelo crime é o funcionário da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Kleber de Souza Prado, ex-companheiro da vítima.

Desde o desaparecimento de Ana Luiza, os familiares já apontavam Kleber como principal suspeito. Vestígios de sangue e cabelos ruivos, como os de Ana Luiza, foram encontrados no dentro do veículo do suspeito. Apesar de ter negado envolvimento no desaparecimento da companheira em declarações prestadas à polícia, Kleber fugiu para a região de fronteira entre Minas Gerais e São Paulo.

Após várias tentativas de intimar o investigado e ao descobrir que ele se encontrava em outra unidade da federação, o delegado Danillo Proto, que presidiu as investigações, representou pela prisão preventiva. A equipe de policiais da DIH coordenada por Proto se dirigiu até o local onde o autor se escondia e o prendeu.

De volta a Goiânia, Kleber confessou o crime e levou os investigadores até o local onde estava o corpo de Ana Luiza, em Senador Canedo. Os policiais constataram ter o autor decepado uma das mãos de sua ex-companheira, arrancando-lhe também os dedos da outra mão. O autor ainda retirou o couro cabeludo da vítima. Todos os procedimentos tinham por objetivo dificultar a identificação do corpo, caso fosse encontrado.

Porém, Kleber cometera um deslize: não retirou uma tatuagem. “Esse elemento foi fundamental para que conseguíssemos confirmar a identidade do corpo”, comenta o delegado Danillo Proto.

Feminicídio

De acordo com o delegado Danillo Proto, de agosto de 2016 a abril de 2017, o crime de feminicídio (homicídio de mulheres) vem ocorrendo a níveis crescentes na região Sudoeste de Goiânia.

Nesses sete meses, foram registradas nove ocorrências, nas quais os autores executam as companheiras com extrema violência. “Durante este período, a DIH intensificou as investigações, conseguindo êxito na prisão dos autores. Após o cometimento dos crimes, os autores fogem e na maioria das vezes são presos em outros estados como, por exemplo, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia”, relata Proto.

Ainda segundo o delegado, após o recebimento da notícia desses crimes é montada uma força tarefa no intuito de esclarecer e prender os eventuais autores. “Não daremos tréguas aos autores desses crimes bárbaros”, garante a autoridade policial.