INVESTIGAÇÃO

Polícia Civil aguarda laudo de combustível usado na aviação para concluir inquérito

Amostras de gasolina que pode ter sido adulterada foram colhidas no final de semana em Goiânia e enviadas para laboratório da Petrobrás no interior paulista

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) já enviou, para um laboratório da Petrobrás, em Cubatão, São Paulo, amostras da gasolina que é usada para abastecer pequenos aviões em Goiás. A suspeita que o combustível – que é importado – tenha sido adulterado foi levantada por pilotos e donos de aeronaves de Goiás, e de outros dois estados.

Procurado na última sexta-feira (10) pelo dono de uma aeronave que constatou corrosão na asa onde fica o tanque de combustível, o delegado Gylson Mariano, titular da Decon, acionou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Junto com policiais civis, técnicos dos dois órgãos estiveram no sábado no Aeródromo Nacional de Aviação Civil Brigadeiro Mário Eppinghaus, que fica às margens da GO-070, em Goiânia, e recolheram amostras de um tanque de combustível usado para abastecer pequenas aeronaves.

“O que nós já sabemos é que este combustível não é mais produzido no Brasil há dois anos, atualmente é importado, e problemas iguais foram denunciados por pilotos e donos de aeronaves também em São Paulo, e no Rio Grande do Sul. No último final de semana, a Petrobrás emitiu uma nota afirmando que suspendeu a comercialização deste lote após identificar algumas diferenças com combustíveis adquiridos anteriormente”, relatou o titular da Decon.

Somente após a conclusão destas análises, que não tem previsão de quando devem ficar prontas, segundo Gylson Mariano, é que a Decon poderá concluir o inquérito e, se for necessário, realizar novas diligências e investigações.