Estelionato

Polícia Civil desmantela quadrilha que sonegava impostos por meio de empresas de fachada

A Polícia Civil, através do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações…

A Polícia Civil, através do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), apresentaram na manhã desta quinta-feira (22) os presos que faziam parte de uma associação criminosa especializada em sonegar impostos por meio de empresas “laranja”. A operação que desarticulou o bando aconteceu na tarde de ontem.

De acordo com o delegado Alex Vasconcelos, a organização criminosa interestadual atuava sonegação tributos diversos (IR, ICMS, ISS e IOF) por meio da utilização de um complexo sistema de lavagem de capitais e falsificações de documentos, tendo como base a criação de diversas empresas de “fachada” na cidade de Goiânia, e utilização de transações bancárias de instituições financeiras.

Os investigados, Jadir Martins Borges Junior, Bruno Carvalho Borges, Rogério Batista dos Santos e Donizete José Ferraz teriam se associado a um empresário do estado de São Paulo, “com intuito de transferir diversos valores relacionados a transações financeiras da empresa BMP Utilidades Domésticas S.A. no estado de São Paulo, para pelo menos 26 empresas de fachada criadas na cidade de Goiânia, para o recebimento desses valores de forma ilícita”, explicou Vasconcelos.

Assim, as empresas de fachada passavam a ser devedoras de diversos impostos decorrentes das transações comerciais próprias da empresa lavadora, bem como pagavam diretamente as contas dela. Em contrapartida, tendo em vista a grande movimentação financeira nas contas-correntes das empresas de fachada, os investigados aumentavam o limite de crédito de suas empresas, o que possibilitava inúmeros empréstimos bancários, obtenção de cartões de crédito de alto limite e emissão de inúmeros talões de cheque, que não eram evidentemente saldados.

Conforme informações das instituições financeiras, apenas no ano de 2016 essa organização criminosa movimentou a quantia de cerca de R$ 8 milhões. “Em apenas uma conta-corrente nos últimos meses esse grupo criminoso movimentou a quantia de R$ 1,8 milhão”, destacou Vasconcelos. “Essa organização criminosa aliciava, em regra, garotas de programa, para figurarem como laranjas das empresas de fachada, em troca de uma remuneração mensal”, completou.

Os investigados Jadir, Bruno e Donizete foram presos em flagrante no escritório da organização criminosa, localizado no Shopping Plaza D’oro, no setor Eldorado, em Goiânia, onde também funcionava uma empresa de fachada. Com eles foram apreendidos diversos documentos relacionados as empresas fantasmas, inúmeros cheques em branco assinados pelos “laranjas”, inúmeros cheques devolvidos por falta de crédito, inúmeros cartões de créditos, todos com bandeiras de alta linha, e máquinas de passar cartão.

Um dos investigados, Rogério batista dos Santos, está foragido e já tem uma representaçao por sua prisão preventiva. O integrantes do bando serão indiciados por organização criminosa, crime tributário, falsidade ideológica, lavagem de capitais e estelionato.