Polícia cumpre mandados de busca e apreensão na casa do prefeito e de servidores de Pontalina
Vários são os indícios de que Édson Guimarães tenha usado mão de obra, material e recursos públicos para construir e instalar em sua fazenda postes com recursos municipais
Dando sequência a uma investigação que começou no mês passado, a Polícia Civil cumpriu, na manhã desta quarta-feira (25), em Pontalina, na região sul do Estado, mandados de busca e apreensão na casa do prefeito e de servidores suspeitos de provocarem um prejuízo de R$ 150 mil ao município. Afastado pela justiça em maio passado, Édson Guimarães de Faria, do MDB, é investigado por usar recursos da prefeitura para construir 120 postes de Mourão que foram, ou seriam instalados em sua propriedade rural.
Os três mandados de busca e apreensão cumpridos nesta manhã na casa do prefeito e de dois servidores, que não tiveram as identidades reveladas, devem ajudar a polícia a confirmar o esquema criminoso. Segundo a delegada Tatiana Barbosa, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), vários são os indícios de que Édson Guimarães tenha usado mão de obra, material e recursos públicos para construir e instalar em sua fazenda os postes, que seriam usados no cultivo de Pitaya.
“Nosso trabalho agora é reunir documentos e outras provas que confirmem a denúncia, mas o fato é que parte destes postes já estavam na fazenda do prefeito, e nós conseguimos impedir que outros, construídos a mando dele, e que já estavam prontos, saíssem da fábrica da prefeitura”, declarou a delegada.
A denúncia da irregularidade, ainda de acordo com Tatiana Barbosa, chegou ao conhecimento da Polícia Civil no mês de abril, e, após uma primeira operação, realizada em maio, a justiça decretou o afastamento do prefeito pelo prazo de 90 dias. A reportagem do Mais Goias não conseguiu contato com a defesa de Edson Guimarães, mas o espaço está aberto, caso queiram se pronunciar.