Polícia prende homem suspeito de ameaçar deputado e os pais em Goianésia
Renato de Castro diz que homem foi ao gabinete político dele
A Polícia Civil prendeu, na quarta-feira (29), um homem identificado em boletim de ocorrência como Jamil El Hosni. Ele é acusado de invadir o gabinete político do deputado estadual Renato de Castro (União Brasil), em Goianésia, e ameaçar servidores. A defesa nega.
Ao Mais Goiás, Renato informou que o homem gritou com os servidores e ameaçou de morte ele e também seus pais, Manoel Castro de Arantes, atual presidente da Ceasa, e Lizeti Rodrigues de Menezes e Castro. Questionado sobre o motivo, o parlamentar diz ser algo “sem sentido”.
De acordo com Renato, uma pessoa enviou, recentemente, um áudio a Jamil, dizendo que, em 2016, o grupo dele tinha um plano para colocar drogas no veículo do filho do detido. Esta pessoa que revelou a suposta armação, disse que negou fazer e, só agora, informou ao preso sobre o ocorrido.
“Não faz sentido ventilar uma hipótese como essa. Primeiro, por causa da minha índole. Segundo, porque em 2016 eu era candidato contra o Jalles Fontoura. Qual ganho eu teria prendendo o filho dele? Jamil não era ninguém naquela campanha”, disse e completou: “Ele ficou com raiva de algo que não aconteceu em 2016.”
Prisão
A prisão não ocorreu naquele momento. Depois de passar pelo gabinete, Renato e os pais foram à delegacia e lá encontraram o suspeito. Conforme o deputado – e o boletim de ocorrência -, no local o homem reiterou as ameaças. “Se algo acontecer com meu filho, eu mato Fião, Lizeti e eu mato Renato. Eu mato a família toda.”
O advogado de Renato, que o acompanhava, deu voz de prisão e chamou os policias, que detiveram o homem em flagrante. O deputado revela, ainda, que o indivíduo que enviou o áudio a Jamil foi chamado a prestar depoimento, mas ficou em silêncio.
Ao Mais Goiás, a advogada de Jamil, Amanda Rocha informou que o áudio não diz respeito a campanha de 2016, mas em um período mais recente em que “Renato teria oferecido dinheiro para prejudicar o filho de Jamil”. De acordo com ela, o cliente não fez nenhuma ameaça direta, mas disse, inclusive conforme áudios, que reagiria caso algo acontecesse ao filho dele, “como um pai que preserva o filho e que sequer é envolvido com política”.
Ainda ao portal, ela informou que enviará um posicionamento completo do caso. Quando ocorrer, o Mais Goiás desdobrará o assunto. Vale citar, nesta quinta-feira (30), o juiz Érico Mercier Ramos concedeu a liberdade provisória ao réu. Foi aplicada fiança de R$ 10 mil e proibição de se aproximar das vítimas.