Polícia vai investigar sangue humano encontrado no carro de suspeito inocentado no caso Amélia
Homem chegou a ser preso e teve o veículo apreendido junto com o celular

A Polícia Civil descartou o primeiro suspeito do caso Amélia Vitória, de 14 anos, que desapareceu na última quinta-feira (30) e teve o corpo encontrado no sábado (2), em Aparecida de Goiânia. Trata-se de um homem de 47 anos que chegou a ser preso e teve o carro e celular apreendidos (a casa dele chegou a ser incendiada por populares). No veículo dele, contudo, a perícia encontrou sangue humano.
O sangue não combinava com o de Amélia, o que descartou ele como suspeito do caso. Entretanto, a Polícia Civil informou, em coletiva nesta terça-feira (5), que haverá uma investigação sobre o resíduo. “Em virtude do de material encontrado condizente com sangue humano, estamos iniciando nova investigação”, esclareceram as autoridades.
Em relação ao casa adolescente de 14 anos, Janildo da Silva Magalhães, de 38 anos, foi apontado pela Polícia Civil como autor. Ele teria carregado a vítima por 6 km desde o rapto. As informações também foram divulgadas em coletiva, nesta terça. O acusado foi preso na segunda (4).
Caso Amélia
Durante a coletiva, os delegados Eduardo Rodovalho (GIH de Aparecida de Goiânia) e André Botesini (Regional de Aparecida de Goiânia/2ª DRP) destacaram que o acusado abordou de bicicleta a vítima na quinta-feira e a violentou pela primeira vez em um matagal. Depois, ele andou mais de 6 km e ficou em um imóvel abandonado com ela, onde teria cometido abusos durante a noite.
Em seguida, já na sexta-feira, ele a matou por asfixia e voltou para a casa, pela manhã. Depois do primeiro abuso, ele teria levado a vítima na bicicleta, da Rua Sapucaia até a Rua Javaí, no Parque Atalaia, onde fica o imóvel abandonado.
As autoridades suspeitam que o homem tenha utilizado uma faca para ameaçar a vítima. Quando retornou para casa, ele pintou a bicicleta. Ele teria decidido levar o corpo para o local onde o mesmo foi encontrado, no sábado, após a mãe e irmã dele ficarem compadecidas.
Ainda segundo a Polícia Civil, a identificação foi possível graças a coleta de material genético das partes íntimas da vítima. O resultado foi recebido na segunda-feira (4), coincidindo com um caso de 2017, em Rio Verde. Desta forma, o homem foi identificado como residente de Aparecida. Mãe e irmã revelaram que estavam desconfiadas com o comportamento do indivíduo. Aos agentes, ele negou e criou uma “história fantasiosa”.
De acordo com a corporação, Janildo responderá pelos crimes de estupro e homicídio qualificado. No momento, não há informações da participação de outra pessoa no crime.
Resumo
Amélia Vitória ficou desaparecida por três dias após sair de casa para buscar o irmão na escola, na quinta-feira. O corpo dela foi encontrado no último sábado em uma calçada no Parque Hayalla, em Aparecida de Goiânia. A vítima foi localizada por equipes da GCM, na Rua Hematita.