Pandemia

Jovens e adultos são os mais infectados pelo coronavírus em Aparecida de Goiânia

Os jovens e adultos compõem o grupo de pessoas com mais infecções pelo novo coronavírus…

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(Foto: Gabriel de Paiva/ O Globo)

Os jovens e adultos compõem o grupo de pessoas com mais infecções pelo novo coronavírus em Aparecida de Goiânia. Esse perfil, de acordo com a Secretaria de Saúde do município, refere-se a pessoas com idades de 20 a 49 anos. Dos 1.765 contaminados registrados até a última segunda-feira (22), 1.212 eram pacientes dessa faixa etária.

Com isso, ainda de acordo com a SMS, esse estrato corresponde a 69% do total de casos registrados no município. Jovens adultos de 30 a 39 anos são os mais afetados. Com isso, em cada quatro casos confirmados, pelo menos um é dessa faixa etária. Em relação aos idosos, menos de 10% dos positivados pertencem ao grupo de risco. Porém, o índice de mortalidade é maior entre eles: 78% dos óbitos era da faixa etária.

“Observamos uma população economicamente ativa sendo mais contaminada. Ela também é a maioria da população e em regra circula com maior frequência pela cidade. Contudo, já identificamos que é grande a contaminação intradomiciliar. Assim, muitas vezes, ela acaba levando o coronavírus para os idosos, crianças e adolescentes com os quais se divide a casa. Isso é muito preocupante. De todos os confirmados, mais da metade relatam terem tido contato com algum caso confirmado. As pessoas precisam manter a higiene e o distanciamento em todos os ambientes, em casa também”, afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.

O titular revela que, dos 32 pacientes que morreram, 29 estavam hospitalizados e, desses, 23 precisaram de internação em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). “Sabemos que a maioria das pessoas não precisará de internação. Hoje estamos com 733 moradores de Aparecida de Goiânia com a doença ativa. Desses, 29 estão hospitalizados. Ou seja, cerca de 4%. No entanto, trabalhamos para que em qualquer cenário não falte leito para ninguém”.

Principais sintomas

O levantamento realizado pela Vigilância Epidemiológica da cidade, os sintomas mais frequentes apontados pelos infectados são febre, tosse e dor de cabeça. Esses três sintomas atingem mais da metade dos doentes. Dor muscular e fraqueza também foram lembrados por mais de 30%. Coriza, dor de garganta, falta de ar, perda de paladar e olfato vêm em seguida com menos frequência entre os casos confirmados. Apenas 8% declararam serem assintomáticos.

Se levar em consideração os pacientes de morreram, a prevalência é diferente. O sintoma mais comum foi a falta de ar. “Nossa recomendação permanece a mesma desde o início: em caso de febre acompanhada de dificuldade para respirar, procure uma das nossas UPAs”, alerta o secretário de Saúde.

Doenças agravantes

Dentre os 1.765 casos confirmados na última segunda-feira (22), 364 apresentam comorbidades prévias que são agravantes da Covid-19. Das 32 mortes, apenas quatro vítimas não tinham nenhuma doença crônica.

“Observamos que cerca de 20% dos casos confirmados têm comorbidades prévias, um número que segue a lógica da saúde da população. Contudo, o percentual de doentes crônicos entre os óbitos ocorridos é de 87%. Ou seja, o risco de agravamento entre essas pessoas realmente é muito maior. A maioria dos nossos óbitos ocorreu entre pessoas com doenças cardíacas crônicas e diabéticos”, explica Alessandro.