Goiânia

Prefeitura de Goiânia nega auxílio para criança com problema de saúde

Criança precisa de cuidados especiais. Prefeitura diz que SUS não fornece a dieta que Miguel demanda

“É um sentimento de tristeza. Eles falam tanto em direitos, mas o direito dos nossos filhos está sendo negado”. A fala é do comerciante Sérgio Ferraz, que há meses tenta auxílio da prefeitura de Goiânia para ajudar nas despesas com o filho, que nasceu com problemas de saúde.

Segundo a família, Miguel, de dez meses, nasceu com síndrome de Down e uma doença que compromete as vias respiratórias. Os pais perceberam a doença pouco depois do nascimento do bebê, quando ele começou a engasgar com o leite materno. A criança sofreu dez paradas respiratórias e chegou quase sem vida ao hospital. Depois de meses de internação, Miguel voltou para casa, mas ainda precisa de intensos cuidados de saúde. Ele respira com a ajuda de uma traqueostomia. A cânula do equipamento precisa ser limpa cinco vezes ao dia, rotina que obrigou a mãe a sair do serviço para cuidar do filho.

Além dos insumos de uso diário, como sondas, gazes, seringas e soro, Miguel também precisa de um cilindro de oxigênio e alimentação especial. Só os gastos com o leite passam de R$ 2 mil por mês. A família está conseguindo se manter com a ajuda de doações de amigos e familiares.

Os pais fizeram o pedido na Farmácia da prefeitura de Goiânia, mas o pedido foi negado pela Secretaria de Saúde de Goiânia. “Saber que o poder público está negando o leite pra um filho nosso é muito triste. Já fiz o pedido diversas vezes, mas agora nem me atender eles me atendem mais”, lamentou o pai. Depois da negativa da prefeitura, o Ministério Público foi acionado.

Em nota, a Secretaria de Goiânia (SMS) disse que o leite especial, usado para alimentação de Miguel, “não faz parte das dietas ofertadas pelo SUS e nem pelo município.”